“Não estamos fazendo lockdown. Lockdown é fechar tudo e mandar todo mundo para casa. Estamos aplicando uma quarentena mais restritiva em algumas regiões do estado, onde a curva do crescimento está muito fora do controle normal”, argumentou o governador, citando que a principal preocupação do estado não é com o risco de falta de leitos ou de respiradores, mas com a escassez de insumos (há falta de medicamentos necessários para a sedação de pacientes em todo o país) e de profissionais de saúde com experiência em terapia intensiva. 706l3k

O governador explicou, também, que as medidas serão localizadas porque a situação crítica é observada em sete das 22 regionais de saúde do Paraná, onde estariam concentrados 75% dos casos registrados no estado.

Curitiba adota mudanças 8n43

A prefeitura de Curitiba, na noite desta terça-feira, confirmou a adoção das medidas impostas pelo governo estadual.

A Prefeitura de Curitiba publicou um novo decreto (de número 870) com adequações necessárias ao alinhamento da cidade ao decreto estadual 4.942/2020 sobre a covid-19, publicado na tarde de terça-feira (30/6).
O documento suspende temporariamente a vigência do decreto municipal 810, de 19 de junho. A cidade a a adotar as novas regras estaduais, que valem por um período de 14 dias.

Crescimento da pandemia 2o2u38

O novo decreto do governador foi necessário após o crescimento do número de casos e de mortes por Covid-19 no mês de junho e, principalmente, pelo acelerado aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI no estado. Nas regionais Leste (de Curitiba e Região Metropolitana) e Oeste (região de Cascavel e Foz do Iguaçu), a ocupação das UTIs, mesmo com a ativação de novos leitos, saltaram de menos de 50% no dia 1º de junho para 77% na última segunda-feira (29). O estado começou o mês de junho com 4835 casos e 190 mortes. No último boletim, divulgado na segunda-feira (29), quando foram registrados 573 novos casos e 14 mortes, o Paraná ultraou as 21 mil ocorrências da Covid-19 e 600 óbitos causados pela doença.

As medidas foram anunciadas após uma série de três reuniões da equipe do governo com representantes de diversas instituições, do poder público e das atividades econômicas. Ratinho Junior conversou, por videoconferência, com representantes do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa. Na sequência, reuniu-se com prefeitos e presidente das associações regionais de municípios e, por fim, com os representantes do G7 da economia, como a Federação das Indústrias, da Agricultura e do Comércio, entre outras.

A preocupação com o crescimento dos casos no estado levou o Ministério Público do Paraná a pedir, em ação civil pública, que os decretos flexibilizando o funcionamento de serviços e atividades fossem suspensos, como academias de ginástica, shoppings centers e igrejas. Entre outras demandas, o MP-PR também pedia o lockdown de 15 dias em pelo menos duas macrorregiões, Oeste e Leste - onde está Curitiba.

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Confira o decreto publicado nesta terça-feira 642n73