Em 2015, Verri conquistou no quociente partidário seu primeiro mandato como deputado federal pelo PT do Paraná. Desde então, exerceu na Câmara dos Deputados, em Brasília, as funções de líder e vice-líder do partido, da minoria e da oposição. Ele também fez parte de várias comissões da casa, uma delas externa para acompanhar as eleições parlamentares na Venezuela em 2020, quando o regime do ditador Nicolás Maduro saiu vitorioso em um processo marcado pela ausência de candidatos da oposição – na época, 18 países não reconheceram os resultados dessas eleições, inclusive o Brasil.

Ênio Verri criticou gestão de Itaipu em questão com indígenas

Em 2019, o deputado federal fez um pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados para, segundo ele, se manifestar “em relação à Direção da Itaipu Binacional sobre a questão territorial dos índios guaranis do Estado do Paraná, sobre uma ação que se arrasta desde 1982”. De acordo com Verri, “a estatal não respeita a comunidade guarani, que foi atingida durante a construção de Itaipu, e se nega a saldar uma dívida histórica. Em vez de priorizar o diálogo, a estatal prioriza ações judiciais de reintegração de posse”.

Ele citou uma reintegração de posse determinada pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu em 2018, quando 20 famílias da etnia Avá-Guarani teriam que ser retiradas da reserva Tekoha Pyahu, no município de Santa Helena, a pedido da Itaipu binacional. A decisão foi posteriormente suspensa pela Procuradoria Geral da República (PGR). “Fazemos um apelo aqui à PGR para que convoque não apenas a FUNAI e Itaipu, mas também a comunidade indígena, para que ela seja ouvida e respeitada”, declarou.

Em nota, a direção de Itaipu afirmou, à época, que jamais negou sua responsabilidade em indenizar os proprietários das terras alagadas pelo lago da usina hidrelétrica. Segundo a estatal, “o reassentamento da Comunidade Indígena Ava Guarani foi feito de forma rigorosamente legal, cercado de cuidados extraordinários para preservar todos os direitos dos assentados e buscando sempre o consenso, sob a orientação e supervisão da Funai e o acompanhamento de várias outras entidades, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A nova área de terras escolhida pela comunidade proporcionou melhores condições de vida (habitação, saúde, educação, alimentação, entre outros)”.

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