No STF, a defesa de Francischini argumentou que o TSE não poderia aplicar, de forma retroativa, a alteração jurisprudencial que ou a considerar as redes sociais como meio de comunicação social, para efeito de condenação. Nunes Marques concordou que a ampliação, por analogia, da expressão “meios de comunicação social” para abranger também a internet, em particular as redes sociais, é desproporcional e inadequada. i6x2b
Nunes Marques também levou em consideração a possibilidade de acolhimento de um recurso apresentado pelos parlamentares contra a negativa do presidente do TSE (em fevereiro) de remeter ao STF um recurso extraordinário contra a decisão da cassação.
Parlamentares que assumiram os mandatos após a decisão do TSE e também o Ministério Público Eleitoral já estudam a possibilidade de recurso contra a decisão de Nunes Marques.
A decisão de Nunes Marques repercutiu entre os ministros do STF. Em Curitiba nesta sexta-feira (3) para participar do VIII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, o ministro do STF Alexandre de Moraes, também vice-presidente do TSE, foi questionado pela imprensa sobre a decisão que revogou a cassação de Francischini. Ele disse que a posição do TSE é "muito clara" e vai ser aplicada nas eleições de 2022: “Quem se utilizar de fake news, quem falar de fraude nas urnas, quem propagar discurso mentiroso, fraudulento, de ódio, terá seu registro cassado, independentemente de candidato a qualquer dos cargos”, disse Moraes.