Produtores em alerta
O setor produtivo está atento à situação desde o ano ado, quando a influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foi detectada na América Latina. Desde então, autoridades políticas e sanitárias, aliadas a produtores dos estados do Sul do País, tentam transformar a região em unidade autônoma para antecipar eventuais proteções sanitárias. Aves migratórias de determinadas regiões, como da costa do Atlântico, ao ter contato com outras, acabam por espalhar o vírus.
Com isso, já era esperada a detecção em aves silvestres brasileiras, como houve nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro – o que ocasionou o decreto de emergência em âmbito nacional pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O ato, publicado no último dia 22, vale por 180 dias. De acordo com o ministério, até o momento são oito casos confirmados da doença em aves silvestres.
A constatação da influenza aviária nesses animais não significa que os da avicultura comercial serão afetados, mas acende o alerta no Paraná. Afinal, o Estado é o maior produtor nacional e exportador de carne de frango, e uma eventual detecção do vírus em qualquer instância poderia implicar em sanções comerciais por parte dos países compradores.
“Aumentamos a vigilância com relação às aves silvestres e migratórias e estamos em contato com outros órgãos, como a Universidade Federal do Paraná e a própria Secretaria de Meio Ambiente do Estado, para monitoramento. Também trabalhamos bastante com as indústrias, produtores, associações e órgãos representativos para sensibilizar o sistema e aumentar a biosseguridade das propriedades, que é a chave para a prevenção da doença”, atesta o gerente da Adapar.
Entre as ações recomendadas para evitar a influenza aviária estão implantação de telas nos aviários, controle de roedores, desinfecção dos veículos que circulam nas propriedades, uso de roupas e sapatos adequados para entrar nas granjas, assim como meios de evitar que pessoas não preparadas entrem em contato com os frangos. “Uma série de procedimentos em que o setor vem investindo e que agora, mais que nunca, têm de ser implementados.”
Um eventual decreto de emergência zoosanitária no Paraná só será implantado pela Adapar se houver casos confirmados – o que não se tem até o momento. “Se acontecer no Estado, seja na avicultura comercial ou em aves silvestres, será discutida a implantação da emergência para uso da portaria”, antecipa Dias. A oficialização do status cabe à Adapar em avaliação conjunto com o Ministério da Agricultura.
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