Mortalidade infantil em alta, nascimentos em baixa em Curitiba e386w
O aumento da mortalidade infantil na capital paranaense, neste ano, também foi destaque na apresentação da secretária. O índice que havia chegado ao nível mais baixo em 2019 voltou a subir, tanto em relação a óbitos de recém-nascidos quanto ao de pós-neonatos. Em 2022, a taxa de mortalidade infantil para cada mil nascidos vivos subiu de 7,3 para 9, um acréscimo de 23%.
Battistella explicou que o tema é um dos maiores desafios da Secretaria de Saúde, que persegue indicadores de menores quantitativos de mortes evitáveis. “Temos o Comitê Pró-Vida, com câmaras que investigam mortes maternas e mortes infantis, em que todos os óbitos de mulheres em idade fértil e crianças menores de um ano am por investigação científica e técnica, na perspectiva de evoluirmos o sistema para reduzirmos esses óbitos”, disse ela.
Entre as possíveis causas para o aumento no número de mortes, segundo a secretária, uma parte se deve ao cálculo usado para definir a taxa de mortalidade, feito a partir do número de nascidos vivos. “Quando se diminui o número de nascidos vivos, como tem ocorrido em Curitiba, qualquer óbito aumenta esse índice”, afirmou ela, citando que, neste ano, foram 13 mil nascidos vivos, número que deve chegar a 22 mil até dezembro, pela série histórica.
“Entre as causas principais de mortalidade infantil está o parto prematuro, seja por infecção urinária, hipertensão ou diabete, mas também a gravidez em casos em que a gestação não é recomendada, por exemplo quando a mulher está fazendo hemodiálise, tem um câncer de mama ou outro câncer, tem uma idade mais avançada ou obesidade, que também contribui para que sejam desencadeados problemas durante o parto”, diz ela.