“Isso nunca tinha acontecido no nosso sistema. É totalmente fora da curva. E a gente não pode deixar esse paciente em casa, tem que levar para a UPA, mas não há como fazer esse acolhimento por falta de espaço”, lamenta Nicácio.
Na parte econômica, o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Fehospar), Rangel Silva, faz mais um alerta. Não bastasse o colapso dos leitos, o caixa dos hospitais corre risco de quebrar por causa da inflação no preço dos insumos em um ano de pandemia. Só um medicamento usado em pacientes de UTI que era comprado por R$ 30 no início na crise, agora custa R$ 300, compara.
“Os hospitais já estão absorvendo a alta dos custos de insumos e equipamentos e não vão aguentar. Pode haver colapso financeiro porque a gente não consegue segurar o distribuidor para que não aumente os custos”, alerta o representante dos hospitais.