Em 2021, esse número já havia subido para mais de 3,5 mil quilos por hectare (8,5 toneladas por alqueire) e no último ciclo, considerado de recorde absoluto em produtividade, foram 3.845 quilos por hectare (9305 quilos por alqueire/155 sacas). i30j
“Ao longo dos últimos anos as áreas cultivadas são as mesmas no Paraná, o que vai nos permitir safras cada vez maiores é a utilização das tecnologias corretas, manejo adequado de solo e contar, claro, com o auxílio das condições climáticas. Queremos chegar aos volumes conquistados nas lavouras experimentais do oeste em cultivos comerciais por todo o Paraná”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep/Senar), Ágide Meneghette, o aumento gradativo na produtividade mantém destaque ao estado como um dos maiores produtores do grão no país. “É possível e existem produtores, como nos casos de Corbélia, Cafelândia, que chegam a excelentes desempenhos no cultivo. Esse é o reflexo do agro que, no Paraná dá certo, que respeita o meio ambiente e que produz mais, respeitando o solo, sem ampliação de áreas, apenas com o aumento médio da produtividade”, analisa
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O agrônomo Rafael Carmo lembrou que há duas décadas condições como as que vêm sendo aplicadas em áreas comerciais de soja seriam inimagináveis. “A gente vem avançando muito e isso tudo graças à tecnologia, as boas práticas, a rotação adequada de cultura, os cuidados para evitar erosão, degradação e os aconselhamentos que são seguidos pelos produtores. De nada adiantaria avançarmos em todos esses campos se na ponta, o produtor não estivesse receptivo a tudo isso e implantasse nas suas lavouras”, pondera.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado, Ágide Meneguette, muito desta conscientização vem de trabalhos constantes realizados com os agricultores, como as que são desempenhadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR) que inaugura a partir de agora um novo caminho de expertise: o da assistência técnica e de extensão rural. Segundo o presidente, já existem alguns projetos-piloto com o objetivo é atender diretamente ao produtor.
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Além do aumento na produção da soja, técnicas pesquisadas para o cultivo também avançam para ampliar os ganhos no meio rural. Apesar de ser uma commodity, a expectativa é para que, em poucos anos, a produção do cereal com valor agregado conquiste espaço.
Segundo a Embrapa Soja, com sede no município de Londrina (PR), o Programa Soja Baixo Carbono (SBC) chega com o objetivo de agregar valor à oleaginosa produzida em sistemas que contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, auxiliando no combate ao aquecimento global.
Enquanto a técnica não está no campo, outras formas de cultivo do mesmo grão ganham espaço, apesar de ainda em pequenas áreas, pelo Paraná. No oeste do estado, lavouras orgânicas começaram a ser semeadas no fim da década ada. O foco nelas é fazer o manejo e controle de pragas com o uso da homeopatia. O cultivo está focado prioritariamente para atender públicos específicos e comumente não são utilizadas para produção de ração animal.
“Cresce a cada dia o consumo de produtos orgânicos na sociedade. Atualmente, são produzidos desde tomates à carne orgânica. A soja é um desses produtos que vem conquistando consumidores europeus e, mais recentemente, brasileiros”, destaca a Embrapa. Cultivada livre de produtos químicos como herbicidas, fungicidas e inseticidas, a soja orgânica também é um bom investimento para pequenos produtores, reconheceu a empresa pública.
“Além disso, de modo geral, o custo de produção é menor do que no sistema convencional. Para a agricultura familiar, o cultivo de soja para consumo humano torna-se mais uma alternativa de renda”, completa.
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