O primeiro conceito do Museu é fruto da parceria entre os arquitetos Fernando Canalli e Guilherme Klock, ambos funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Esse encontro de gerações está sendo muito rico para nós dois. O Guilherme já estava familiarizado com o tema. Museus de História Natural foi o assunto do TCC dele”, afirma Canalli.

O novo Museu terá cerca de 60.000 metros quadrados e a ideia dos arquitetos é integrá-lo à paisagem natural do local. Para esse efeito, boa parte da construção será coberta por vegetação. Do prédio, que será construído em concreto pré-moldado, será possível ver o pôr-do-sol e o bosque do Jardim Botânico. Segundo Canalli, “a natureza é quem se encarrega de fazer o esforço estético. É como se o museu repousasse no meio do bosque”.  Os arquitetos contam que o trabalho de observação foi fundamental para a elaboração do conceito do Museu. “Todo projeto precisa atender a três pilares fundamentais da arquitetura: técnica, plástica e função. Nenhum pode prescindir do outro,” ressaltou.

A escolha do concreto pré-moldado foi feita justamente para atender ao pilar da técnica, já que o material é eficiente no controle de luz e temperatura. Por causa da necessidade do acervo desse controle, o prédio será construído no subsolo, onde os pesquisadores vão poder manipular o acervo com mais liberdade. Outra novidade é que o trabalho dos pesquisadores, fundamentais para a manutenção e enriquecimento do acervo do Museu, agora estará visível ao público. “O acervo de um museu de história natural é muito dinâmico e a pesquisa aparente vai aproximar o público dos pesquisadores, que hoje fogem da visão das pessoas. Os pesquisadores do museu sempre estiveram incógnitos,” explica Guilherme Klock.

Veja como vai ficar novo Museu de História Natural de Curitiba, ao lado do Jardim Botânico

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A concepção do projeto começou ainda em 2017 e os estudos preliminares foram apresentados para os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná em janeiro de 2020. Na época o reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Fonseca, classificou o projeto como “um presente para a cidade e para a universidade”. A UFPR é parceira do Museu de História Natural. O Museu vai continuar sendo um Centro de Educação Ambiental importante para Curitiba.

A entrada do Novo Museu será ao lado do Bosque e estará visível para quem ar pela Linha Verde. Canalli explica que o Jardim Botânico ará a ter duas frentes. “O Museu vai funcionar como um gatilho agregador e que vai ativar o tecido urbano daquela região”, finalizou.

Até que a obra saia do papel, a área destinada ao museu está sendo utilizada, desde o último dia 3, como estacionamento regulamentado - obrigatório uso do EstaR - com vagas para 225 veículos de eio e 7 ônibus de turismo. Após um período de adaptação, nesta semana começou a cobrança pelo uso das vagas por até duas horas.

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