Residencial que impacta no todo 6z274x
A classe residencial segue sendo o grosso da capacidade fotovoltaica instalada no Paraná. Dos 524MW de potência do estado, dados da Aneel mostram que o residencial compreende quase metade do total, com 225MW, seguido de comercial 156MW, rural 96MW e industrial 47MW.
O Paraná tem 108.803 clientes que geram a própria energia deste modo e estão conectados à rede da companhia por geração distribuída, 99,8% de todos os que am esse sistema. Destes, 67% são residenciais, 13% são clientes rurais e 5% industriais.
Segundo a Copel, além de os clientes residenciais serem muito mais numerosos em termos absolutos, o uso do telhado das casas para a instalação dos módulos fotovoltaicos facilita a disseminação da tecnologia. “Pela geração distribuída, o consumidor usa a produção de energia da sua unidade para abater do seu consumo, economizando na fatura”, diz a Copel.
Ter um custo baixo se comparado ao investimento exigido por um comércio ou indústria e ser dono da propriedade também conta no grande número de clientes residenciais, segundo a coordenadora da Absolar no Paraná. “No fim das contas, o residencial acaba sendo uma porta de entrada para a tecnologia: antes de instalá-la em uma empresa ou indústria, a pessoa testa em casa”, aponta.
Além do benefício individual da instalação residencial, a geração distribuída reduz a necessidade de ampliação da capacidade de geração centralizada e transmissão de energia, reduz perdas no sistema elétrico e amplia o uso de fontes renováveis na matriz elétrica.
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Com a área rural representando uma parcela ainda pequena da geração fotovoltaica, quando o olhar se volta para essa classe de consumo, o município de Toledo, no oeste do Paraná, sobe para o primeiro lugar no ranking estadual, com 4,2 MW de potência instalada, seguido de Marechal Cândido Rondon (2,8 MW) e Palotina (2,3 MW).
Para a coordenadora estadual da Absolar, os números de conexões rurais ainda são baixos no estado, o que merece atenção. "Com menos incentivos que outros estados e o fim de alguns subsídios, mesmo em relação à energia elétrica, como o fim da tarifa rural noturna (que deve ocorrer ainda este ano), o custo de produção agrícola tende a ser maior no Paraná, o que vai influenciar na competitividade do nosso produto”, argumenta Liciany Ribeiro.
Para estimular a conexão de novos projetos de geração na zona rural a um custo mais ível, a Copel destaca que, nos últimos três anos, investiu R$ 22,39 milhões em obras do programa Paraná Trifásico nos municípios de Toledo, Marechal Cândido Rondon e Palotina, o que levou 244 km de redes trifaseadas a esses locais.
Em Bandeirantes, no Norte Pioneiro, a companhia colocou em operação, em 2021, três unidades geradoras de energia fotovoltaica (3 MW) e outras três com promessa de serem energizadas em 2023, totalizando 5,36 MW, o suficiente para atender 10 mil pessoas. Além da fonte limpa, o projeto faz parte de um novo modelo de companhia: a Copel implanta e opera as unidades de geração distribuída de energia, e o cliente assina um contrato de aluguel da usina. A energia gerada compensa o consumo como desconto na conta de luz.