“Não vimos nenhuma movimentação do governo federal com o nosso alerta. Tampouco de nossa bancada federal. O que se vê é tão somente o governo federal torcendo contra o Paraná. É preciso que os promotores [do Ministério Público de Meio Ambiente] ajam com espírito público e tenham a infraestrutura necessária, abstendo-se de ouvir ambientalistas fanatizados e inconsequentes, áulicos do caos, que não têm compromisso com o futuro do país”, concluiu. 3yi3c

Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o Dnit não se manifestou sobre os pontos evidenciados pelo presidente do IDL.

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Em entrevista à Gazeta do Povo, o coordenador de Projetos de Infraestrutura do IDL, Carlos Marassi, lembrou que antes das concessões de rodovias, o antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que posteriormente se transformou no Dnit, recebia recursos destinados exclusivamente para a manutenção de rodovias.

Com a mudança, avaliou Marassi, o departamento que antes era voltado exclusivamente para as rodovias ou a cuidar de outros modais, como ferrovias. “Esse dinheiro que vinha dos impostos já carimbado para as estradas deixou de existir. A capacidade de manutenção das rodovias caiu muito, e as estradas que não foram concessionadas foram se deteriorando”, opinou.

Durante o período em que esteve sob concessão, a BR-277 recebeu manutenções preventivas para evitar grandes movimentações do talude da serra, apontou Marassi. Porém, antes mesmo do fim dos contratos, parte desses serviços deixou de ser feita pelas concessionárias.

Talude da serra entre os kms 39 e 42 da BR-277 ou por obras de contenção no início de 2023.Talude da serra entre os kms 39 e 42 da BR-277 ou por obras de contenção no início de 2023. (Foto: Roberto Dziura Jr./Agência de Notícias do Paraná)

“Isso é algo natural e até esperado. Com um cenário de não renovação dos contratos é normal que a empresa vá desmobilizando algumas frentes aos poucos. E isso pode ter ocorrido com a questão da manutenção, que é essencial em rodovias”, falou.

O coordenador do IDL disse esperar que a nova concessionária responsável pelo pedágio no trecho de serra da BR-277, a EPR Litoral Pioneiro, trabalhe de forma a retomar trabalhos que vinham sendo feitos anteriormente, como a instalação de estruturas de contenção da encosta.

“Até que a gente tenha uma alternativa, a BR-277 precisa fluir. E a nova concessionária deve atuar firmemente nesta manutenção, até porque os contratos são longos e caso algo ocorra na rodovia o fluxo de veículos vai diminuir. E menos veículos é igual a menos arrecadação. Nenhuma empresa quer ver sua arrecadação caindo e as despesas aumentando”, arrematou.

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