Como funcionam

Em todo deslocamento das viaturas, as câmeras são ligadas de maneira automática, assim que o veículo é ligado, e ficam gravando por mais alguns minutos quando é desligado. As imagens são transmitidas em tempo real para a Central de Monitoramento.

Os guardas em serviço devem estar com as câmeras corporais, inclusive os que atuam em trabalhos istrativos. Elas são acionadas pelos agentes em serviço, durante abordagens e operações. Segundo Mendes, há uma tratativa para que haja um melhoramento dessa tecnologia, visto que em caso de algo que exija uma reação rápida é possível que os agentes se esqueçam de ligar a câmera. “A ideia é que a câmera seja ligada remotamente pela própria central quando houver acionamento da ocorrência”, argumenta ele.

Para poderem operar as câmeras, o efetivo recebeu instruções quanto ao uso como a necessidade de ligá-la toda vez que estiver abordando alguém, quando estiver fazendo uma ronda a pé e também quando for abordado por alguém.

Além do registro da ocorrência, por ter GPS as câmeras ajudam a saber onde o guarda e a viatura estão, recurso que se soma a dois outras sistemas de localização em funcionamento.

Todas as imagens geradas por essas câmeras serão armazenadas, estima Mendes, por cerca de 10 dias, tempo relacionado à capacidade disponível do dispositivo utilizado, mas conforme haja requisição das imagens por meios legais, esse conteúdo será baixado e arquivado por quanto tempo for necessário.

Pinhais teve 4 mortes em confronto com forças policiais em 2021, segundo dados do Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), divulgados em abril. Curitiba teve 105 mortes deste modo, seguido de Londrina, com 32, São José dos Pinhais, com 26 e Piraquara, com 15.

Câmeras em Curitiba

Em Curitiba, a Guarda Municipal ainda não tem previsão do uso das câmeras corporais e veiculares que deveriam receber “em poucos meses”, segundo reportagem publicada nesta Gazeta do Povo, em fins de março. Naquele momento, a informação era de que havia um processo em andamento para a compra de 511 câmeras corporais e 160 veiculares.

Polícia Militar aguarda estudos

Em relação à Polícia Militar, embora as câmeras sejam usadas em alguns estados brasileiros, como em São Paulo desde fins de 2020, no Paraná a justificativa é que dependem de estudos que estão sendo feitos em âmbito nacional, encabeçados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e sem data para conclusão, conforme levantado pela Gazeta do Povo em março deste ano.

Consultada, a Secretaria de Estado de Segurança Pública informa que o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira “determinou a criação uma comissão para estudo da viabilidade e tecnologia mais apropriada de câmeras corporais para uso na atividade operacional” e que “este estudo ará por avaliação e após aprovação, aquisição e operacionalização dos novos equipamentos”.

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