Defesa critica transferência 674s5i

Na noite da última sexta-feira, a defesa de Jorge Guaranho compartilhou uma nota em que critica a decisão da Justiça Estadual de revogar, mais cedo, a prisão domiciliar do policial penal.

Segundo os advogados que assinam a nota, Luciano Santoro, Cleverson Leandro Ortega,

Poliana Lemes, Carlos Roberto Bento e Julia Crespi Sanchez, “a defesa do Sr. Jorge Guaranho entende que a sua prisão é ilegal, porque no Brasil o réu responde ao processo em liberdade e somente é colocado em prisão preventiva quando representa um risco à sociedade ou pode fugir ou atrapalhar a produção das provas”.

A defesa afirma que o réu não representa perigo à sociedade, visto que “precisa de acompanhamento em tempo integral para os cuidados básicos da vida diária, da alimentação e locomoção à higiene pessoal”, decorrente dos tiros disparados pela vítima durante a confusão e pelas agressões dos convidados a Guaranho na sequência dos fatos.

A nota cita a recusa do diretor do Complexo Médico Penal em receber o policial penal federal Jorge Guaranho, quando teria informado que o local "não reúne no atual momento as condições estruturais, técnicas e de pessoal, necessárias para prestar o atendimento necessário para manutenção da vida dele, sem expô-lo a grave risco".

A defesa diz aguardar que a Justiça revogue a prisão preventiva decretada ilegalmente e “permita que ao Sr. Jorge Guaranho sejam garantidos os mesmos direitos de todos os brasileiros, especialmente os direitos à dignidade da pessoa humana, à vida e à saúde, sejam eles acusados ou não da prática de um crime”.

Festa terminou em morte p5k3e

O crime pelo qual ele responde por homicídio duplamente qualificado ocorreu no dia 9 de julho, na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu. Naquela data, Marcelo Arruda comemorava seus 50 anos em uma festa com o tema do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, Guaranho apareceu no local do evento e, segundo testemunhas, teria iniciado provocações de cunho político-partidário. A confusão terminou em troca de tiros entre ambos, com os dois sendo atingidos por disparos. Arruda não resistiu aos ferimentos. A denúncia contra Guaranho foi apresentada à Justiça antes mesmo do fim das perícias.