Dentro do processo de concessão, a Compagas terá que pagar um bônus de outorga de R$ 508 milhões em favor do Governo do Paraná. Os investimentos a serem realizados pela companhia de gás nos próximos 30 anos de concessão (Capex) são estimados em R$ 2,5 bilhões. O reajuste tarifário será baseado nas variações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.
“A renovação da concessão da Compagas é mais um o importante na estratégia da Companhia de foco no core business de energia elétrica, pois permitirá a continuidade dos trabalhos visando a alienação da totalidade de sua participação nesse ativo”, informa o comunicado, confirmando a intenção futura de privatização da companhia, que atende a mais de 53 mil clientes nos segmentos industrial, comercial, residencial e de transportes. São mais de 1 milhão e meio de metros cúbicos de gás natural consumidos diariamente.
No dia seguinte ao anúncio as ações da Copel apresentaram alta na Bolsa de Valores B3. Por volta das 16h40 desta quarta-feira (28), os ativos da empresa eram negociados a R$7,94, uma alta de 4,7%. Nos dois últimos pregões as ações tinham apresentado queda.
A Compagas, hoje, é um ativo da Copel, cuja proposta de privatização foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná em novembro. No mesmo projeto, a Assembleia autorizou a Copel (e o Estado) a abrir mão do controle acionário de suas subsidiárias.
“O que nós vamos fazer é um grande projeto de gás, de distribuição de gás no estado do Paraná. Isso com a privatização da Compagas. Hoje, o Brasil inteiro, o mundo inteiro, está (com o gás) no setor privado e o poder público não acompanha os investimentos que são necessários para fazer essa ampliação do gasoduto do nosso Estado. Para que a industrialização possa estar no interior”, disse o governador, durante a diplomação. “Isso está programado para até julho do ano que vem fazermos a renovação da concessão do gás. E, depois a gente faz a privatização da Compagas” acrescentou.
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