Além disso, a base de dados dos resultados laboratoriais reunidos e analisados fornecem informações riquíssimas que podem servir de base para a criação, implantação e adequação de políticas públicas de saúde. 6k5o52
O laboratório realiza os exames a partir de amostras biológicas (sangue, urina, fezes e secreções) e, entre os mais solicitados, estão o de glicose (em média 29 mil exames por mês), hemograma (38 mil), colesterol e triglicerídeos (25 mil), creatinina (44 mil), TSH (21 mil).
Além disso, o órgão faz testes complexos, como os de biologia molecular CD4 e CD8, usados para avaliar o sistema imunológico e quantificar a carga viral de pacientes em tratamento de HIV e hepatites B e C. Mensalmente, são feitos 1,8 mil exames desse tipo.
A renovação tecnológica constante e a capacitação contínua de profissionais têm promovido avanços como o visto no setor de microbiologia, que levou a análise de bactérias, que exigia cerca de 48 horas, ar a ser liberada em até 6 horas.
“A adoção da tecnologia de espectrometria de massa na identificação de bactérias e fungos fez com que fosse possível informar a equipe médica, de forma antecipada e assertiva, qual bactéria está causando a infecção do paciente, permitindo o início precoce do tratamento com antibiótico”, diz Tamara. Essa agilidade tem especial relevância para pacientes hospitalizados, que apresentam maior risco de desenvolver infecções por bactérias multirresistentes.
Ela assinala que outra inovação recente do laboratório foi a implantação do teste rápido molecular, que faz o diagnóstico para tuberculose em até duas horas, enquanto outras metodologias levam até 42 dias para o resultado.
A estrutura municipal também presta apoio diagnóstico para programas estratégicos da Secretaria Municipal de Saúde, como os testes do pré-natal da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, Programa Hipertensos, Diabetes, IST/Aids, Tuberculose e Hepatites. Essa rotina a coloca na lista dos laboratórios públicos com grandes rotinas de exames dessas patologias no país.
“Somos frequentemente convidados a participar de projetos e validações de novas tecnologias no SUS devido também ao desempenho nos controles de qualidade externos do laboratório, participando diretamente de projetos de vanguarda como a validação do teste rápido para HIV, atualmente usado em todo o país”, diz Gevaerd.
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No início da pandemia da Covid-19, o Laboratório Municipal de Curitiba recebeu grande quantidade de testes rápido do Ministério da Saúde, chegando a uma média de 1,2 mil testes por dia. ada a fase inicial, essa demanda foi reada ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e ao Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).
Com o laboratório municipal ficou a demanda por análises laboratoriais dos pacientes internados por Covid-19 em quatro hospitais gerenciados pelo município, auxiliando no monitoramento os pacientes até sua alta.
O mesmo ocorreu no caso atual da varíola símia, também classificada como “emergência de saúde pública”: a execução do exame foi direcionada aos laboratórios estaduais, por decisão do Ministério da Saúde. Entretanto, o laboratório municipal capta as amostras colhidas nas unidades de saúde da cidade e as encaminham ao órgão estadual.