Com uma oferta de mais de 40 mil leitos de hotelaria, os primeiros vinte dias de coronavírus no país impam queda estimada em pelo menos 70% do movimento de turistas na cidade. O cancelamento de voos e hospedagens, assim como a fuga dos clientes de bares, restaurantes e lojas, também já é sentida no bolso dos empresários. “A cidade ainda tem um pouco de movimento, mas isso está diminuindo a cada dia. Como faremos para manter nossas despesas quando não tivermos mais dinheiro entrando no caixa?”, questiona o comerciante Saulo Manoel Bianchi.
Para tentar amenizar o sentimento de medo e ansiedade gerados pelo momento de crise, prega-se união e diálogo entre empresários, sindicatos e trabalhadores. Por iniciativa da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), o Sind-Hotéis e os shoppings centers da cidade, criaram o “Grupo de Gerenciamento de Risco”.
“Sem entendimento nós não sairemos dessa situação. O momento é de crise, mas com sabedoria iremos superar o que precisa ser superado. Outra questão que aguardamos é o posicionamento de nossos governantes para que nos auxiliem”, pontua Faisal Mahmoud Ismail, presidente da ACIFI.
Para Neuso Rafagnin, a suspensão da cobrança de impostos nas esferas Federal, Estadual e Municipal é aguardada com urgência. “Esperamos respostas rápidas para o quadro que está colocado. Não será possível pagarmos os impostos e mantermos os empregos por muito tempo. Ninguém quer demitir funcionário, acreditamos muito que isso irá ar, a questão é que precisamos manter toda uma estrutura; nesse ponto os governos precisam nos auxiliar”, defendeu.
Desde ontem, um decreto municipal proíbe a realização de qualquer evento ou atividade física com aglomeração de pessoas. O funcionamento de academias, casas de shows e feiras livres também está suspenso.
“Nosso foco no momento é proteger as famílias, os colaboradores e a população. Depois a gente corre atrás e recupera os prejuízos. Quanto menos impacto na saúde pública, mais rápido e fortes sairemos da crise. Aconselhamos as empresas a antecipar férias coletivas. E estamos estimulando sindicatos patronais e dos trabalhadores a fecharem acordos. É um desafio: evitar a quebradeira de empresas e demissões em massa”, finalizou Gilmar Piolla, Secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu.
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