A mudança radical de postura veio acompanhada de um planejamento urbano pioneiro no norte paranaense. Para que um loteamento fosse aprovado na cidade, a istração pública de Maringá exigia iluminação pública, asfalto e rede de saneamento básico, com chegada de água tratada e coleta de esgoto. 554z4v
“Esse conceito de cidade planejada não era comum em outros lugares. O normal era que os lotes fossem vendidos sem um mínimo de infraestrutura, mas em Maringá isso era exigido por leis municipais antes mesmo de uma regulamentação estadual ou federal. Nem se sonhava ainda com um Estatuto das Cidades, e aqui em Maringá a cobrança por infraestrutura de saneamento era uma realidade”, comentou Maia.
Na década de 1980, a Companhia Paranaense de Saneamento assumiu a prestação de serviço do saneamento básico em Maringá. Em parceria com a prefeitura, a empresa foi adequando o sistema às mudanças exigidas pelo crescimento urbano e populacional. Dados da companhia mostram que, entre os anos de 2017 e 2021, foram investidos R$ 117 milhões em melhorias no saneamento básico maringaense.
A aplicação constante de recursos associada ao histórico de cuidados com a infraestrutura, avaliou o prefeito, pode ser a explicação para o fato de Maringá ser a cidade entre as 20 melhores no ranking do Trata Brasil com menor investimento médio por habitante. Enquanto municípios como Praia Grande, a 12ª na lista do instituto, contabilizaram quase R$ 700 por habitante/ano, Maringá aparece com um valor de pouco mais de R$ 57.
“Não tem nenhum outro segredo além de recursos investidos. Não se faz política pública sem recurso no orçamento. Como aqui isso é feito há muito tempo, e feito de forma muito constante, não são necessários grandes saltos de orçamento. Nós contamos com esse pioneirismo, que no final das contas se provou efetivo”, finalizou.
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