Atualmente, a dívida externa corresponde a 14,3% do total do endividamento público do estado, que chega a R$ 20,5 bilhões. O percentual é o mais elevado desde 2010. 82v3s

Quase 96% da dívida externa está contratada em dólares, junto ao Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).  O restante é em ienes junto à Agência Internacional de Cooperação do Japão (Jica, na sigla em inglês).

Não é só o endividamento em real que cresceu. O serviço da dívida – total de juros e amortizações pagas em um determinado período - também aumentou por causa da desvalorização da moeda brasileira. Nos nove primeiros meses do ano, atingiu R$ 172 milhões, 94,1% do registrado em todo o ano ado.

O maior desembolso está relacionado ao Paranasan, um programa de investimentos em saneamento básico implementado na primeira década deste século e que contou com o apoio financeiro da Jica. O total pago foi de R$ 63,9 milhões, o maior montante desde, pelo menos, 2010.

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Apesar dessas altas causadas pela valorização da moeda norte-americana, o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Jr., não vê problemas. Ele aponta que esse endividamento é de longo prazo, junto a organismos multilaterais internacionais, com prazos de pagamento que podem chegar a 15 anos. “Não é necessário nenhum tipo de renegociação.”

O principal credor internacional do Paraná é o Banco Mundial. O endividamento com a instituição financeira era de R$ 1,79 bilhão no final de setembro, ou 60,7% do total. Os recursos foram direcionados ao programa multissetorial “O novo Paraná”, contraído pelo ex-governador Beto Richa.