Porém, afirmou Bueno, “dada a importância do tema para a sociedade paranaense” foi feita a opção pela criação de um grupo interno da própria comissão para tratar o assunto. Neste grupo, disse o deputado, seriam colocados servidores técnicos para discutirem as novas concessões de pedágio no estado. 4175i
O modelo, porém, não chegou a ser votado na comissão. O deputado Arilson Chiorato pediu vistas, e o tema deve voltar a ser analisado na Alep somente na próxima segunda-feira (3). Para o relator da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, o grupo interno de trabalho deve ser aprovado sem grandes problemas.
“Temos que despolitizar a discussão nesse momento”, apontou Bueno, “e termos uma discussão técnica sobre a melhor modelagem, sem perder o norte do nosso objetivo que é ter uma tarifa mais baixa possível, com uma concessão transparente na bolsa de valores e garantia de obras. É evidente que todos sabemos da necessidade de um pacote de mais de R$ 40 bilhões em investimentos, como a duplicação da BR-277 em toda sua extensão. Sabemos que as novas tarifas de pedágio precisam comportar esse pacote de investimentos. Esse é o nosso norte, o qual não podemos perder de vista. E creio que a Comissão de Obras tem sim toda a condição de acompanhar essa discussão nessa reta final”, disse.
A reportagem também procurou o deputado Arilson Chiorato, que classificou a criação do grupo interno de trabalho como “uma saída pela tangente” por parte do Governo do Estado. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele contestou a alegação de que uma nova frente parlamentar sobre os pedágios estaria em conflito com a própria comissão, e disse que vai se defender do que chamou de “usurpação”.
“Quando eu constituí a frente parlamentar na legislatura ada, a Comissão de Obras na época deu um parecer dizendo que tinha sim convergência temática, mas que ainda assim era necessário ter essa frente porque a concessão de rodovias era apenas um dos muitos itens abarcados pela comissão. O parecer do Gugu Bueno disse que o tema é conflitante. Pedi vistas, vou fazer meu voto em separado, juntando toda a legislação possível e vou tentar me defender dessa usurpação, já que o governo Ratinho Júnior está tomando a frente parlamentar de assalto”, disparou.
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