O contrato, porém, nunca chegou a ser assinado. Isso porque a empresa tem uma pendência jurídica com a Paraná Edificações, órgão licitante da Delegacia Cidadã de Londrina. Em nota encaminhada à Gazeta do Povo, a empresa explicou que tinha pleno interesse de realizar a construção licitada, mas foi impedida por conta dessa pendência. b3g3e
Ainda de acordo com a nota, a Guetter conseguiu na Justiça uma decisão liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba para voltar a contratar com o poder público. “Ocorre que naquela data, fevereiro de 22, o prazo da referida licitação já havia encerrado. Fomos impedidos de o contrato licitatório, o que levou a empresa a sua inabilitação”, explica a construtora.
A empresa não descarta a participação na nova licitação, que deve ser aberta no próximo mês. “Assim que a contratante publicar o novo edital para construção da Delegacia Cidadã de Londrina, avaliaremos a participação ou não, do novo processo licitatório”, conclui a nota.
As Delegacias Cidadãs fora uma das promessas de campanha do então candidato Beto Richa, ainda em 2010. As estruturas apareciam novamente como uma das metas a serem atingidas a partir do segundo mandato de Richa, na campanha de 2014. A primeira das Delegacias Cidadãs, porém, só saiu do papel em abril de 2017.
Em menos de um mês, a unidade construída em Matinhos ou a ser motivo de receio para moradores da cidade. O departamento criado para oferecer atendimento “mais humanizado” já abrigava presos, operando no limite da capacidade carcerária, e registrou a primeira fuga.
O projeto foi mantido nas gestões seguintes. Para o primeiro semestre do ano ado estava prevista a entrega de uma nova unidade, então em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Só que a obra atrasou e cerca de um ano depois o prédio estava com janelas quebradas, buraco no teto e sem a fiação elétrica, que foi furtada após ter sido instalada. Moradores dos arredores da obra, no bairro Alto Maracanã, reclamavam da falta de segurança.
À época, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que um termo aditivo para conclusão da obra estaria sendo celebrado. Sobre os furtos ocorridos no local, a pasta informou apenas que a responsabilidade durante a execução das obras era da empreiteira contratada. Não foi informado o nome da empresa.
A Gazeta do Povo procurou novamente a Sesp, que respondeu apenas que as obras da Delegacia Cidadã de Colombo devem ser retomadas no mês de agosto.