Em resumo, os norte-americanos estavam diante de uma escolha de Sofia: de um lado, manter na Casa Branca um presidente sem o menor apreço pela democracia e pelas instituições cuja solidez fez dos Estados Unidos uma das poucas nações a jamais ter vivido períodos autoritários; do outro, levar ao poder um grupo cada vez mais radicalizado à esquerda e que tende a minar liberdades básicas garantidas ao cidadão norte-americano em nome de políticas identitárias. Em ambos os casos, e independentemente do desfecho do pleito, com ou sem judicialização, aprofunda-se a divisão entre compatriotas, o “nós contra eles” tão conhecido no Brasil, mudando apenas as linhas sobre as quais se dá essa divisão.