De fato, estados e municípios devem ser livres para, dentro de suas possibilidades, adquirir as ferramentas para apressar o fim da pandemia. O governo federal tem um importante papel a cumprir, mas como coordenador, e não como centralizador. O enorme desafio de proteger os brasileiros da Covid-19 a, principalmente, pela aquisição das vacinas, mas não apenas pelo imunizante em si: é preciso também garantir os insumos para sua aplicação – desde os mais básicos, como agulhas e seringas, até os mais complexos, como os sistemas de refrigeração exigidos por vacinas como a da Pfizer/BioNTech. Também nisso o Brasil falhou. Já seremos obrigados a assistir a outras nações promovendo vacinações em massa enquanto ainda aguardamos as doses que nos protegerão do coronavírus; se não quisermos ficar ainda mais para o fim da fila, não há mais tempo a perder com disputas políticas. O momento exige toda a cooperação possível entre União, estados e municípios.