Que “conclusão falsa” é essa, impossível saber. Os advogados do petista alegam que a “desinformação” estaria no fato de Lula não ter sido investigado nem acusado nos escândalos citados no vídeo – mas a Brasil Paralelo também não afirma isso. E Lula não disputa a Presidência como representante única e exclusivamente de si mesmo; ele o faz na qualidade de candidato do Partido dos Trabalhadores, e a legenda, sim, foi a protagonista inegável dos escândalos. O PT defendeu, exaltou e segue exaltando como “guerreiros do povo brasileiro” aqueles que efetivamente foram acusados e condenados. Não há falsidade nem descontextualização alguma em lembrar o brasileiro de que é este partido que retornaria ao poder com Lula caso ele vença o segundo turno. 507219
O que o TSE acaba de decidir é que até mesmo informações verdadeiras podem ser censuradas se guiarem o eleitor – este ser que não sabe raciocinar por conta própria, a julgar pelas palavras de Lewandowski – a tirar conclusões negativas a respeito de algo ou alguém. É como se um quebra-cabeça, ao se juntar as peças, resultasse em uma imagem final desagradável, e por isso devesse ter sua venda proibida ou ter os contornos de suas peças alterados para que não se encaixem mais umas nas outras e não permitam formar cena alguma. Se os tribunais superiores já haviam perdido completamente o senso de proporção no alegado combate às fake news, agora as news já não precisam nem ser fake para que sejam banidas. Tudo, claro, em nome da “democracia”...