Não há dúvidas de que a situação dos brasileiros mais pobres pede resposta; as previsões de recuperação infelizmente não se cumpriram ainda, com o desemprego em níveis elevados e muitos negócios experimentando o abre-e-fecha das restrições contra as novas ondas de Covid-19. Por mais que o Orçamento seja uma peça bastante engessada, com todos os seus gastos obrigatórios, vinculados e indexados, ainda existe uma margem, mesmo pequena, para o governo acomodar novas rodadas de auxílio emergencial; mas para isso terá de vencer sua enorme relutância – comprovada no caso do Renda Cidadã – em fazer escolhas e cortes em outras áreas. A discussão do Orçamento já seria fundamental em circunstâncias normais, mas estes tempos pedem ainda mais seriedade e pressa. Ela será o primeiro grande teste da tão falada harmonia construída entre Executivo e Legislativo neste início de 2021.

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