E esta barbárie, ainda por cima, traz riscos adicionais à mãe, que não existiriam – ou ao menos seriam muito menores – no caso de se antecipar o parto, retirando-se o bebê vivo. A médica obstetra Patti Giebink, que trabalhou em clínicas de aborto e se arrependeu, relata que o procedimento de matar o feto e forçar sua expulsão leva ao menos dois dias e pode ter consequências como laceração cervical, infecção, hemorragia, ruptura uterina e até a morte da gestante. Além disso, o processo pode deixar sequelas que dificultem gestações futuras ou aumentem o risco de parto prematuro. Quanto mais avançada a gestação, maiores os riscos para a mãe. 61502w

Levando-se tudo isso em conta, é simplesmente aterrador que haja quem pretenda garantir como um “direito” a possibilidade de se eliminar um ser humano indefeso e inocente quando seu estado de desenvolvimento já lhe dá chance de sobreviver fora do ventre materno. Nega-se o direito à vida da criança e coloca-se em risco o direito à vida da mãe, mesmo havendo uma alternativa muito mais simples e segura. O que o lobby pró-aborto pleiteia no Supremo é exatamente o oposto do objetivo que uma sociedade saudável deve perseguir: defender e salvar as duas vidas em jogo, garantindo-lhes respeito e dignidade.