A indústria do entretenimento e seus "artistas" faturam milhões de dólares conduzindo tendências comportamentais desse tipo. As músicas, por exemplo, com letras literalmente pornográficas e danças erotizadas, são apresentadas aos pequenos em shows e, especialmente, em vídeos na internet. As crianças e os jovens dançam "sensualizando" e têm vídeos seus postados nas redes sociais por seus próprios pais. Além de fomentar o abuso sexual direto, esse é o fluxo da pedofilia cibernética, que, segundo especialistas, alimenta-se em grande medida desse tipo de conteúdo. 3j2t3v

Na recém-criada Frente Parlamentar Contra a Sexualização Precoce de Crianças e Adolescentes, estamos estudando medidas para combater esse descaminho em todo o Brasil. Ocupamos o vergonhoso segundo lugar no ranking mundial de exploração sexual de crianças, atrás apenas da Tailândia. Diz a Constituição: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito (...) à dignidade, ao respeito, à liberdade (...), além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". Certamente, o Brasil como um todo não está cumprindo com esses deveres.

Franciane Bayer é deputada federal pelo Republicanos.