Nos meses seguintes, não houve mudanças significativas. Lula prosseguiu com ações direcionadas a agradar o mundo ocidental, ao mesmo tempo em que fazia gestos tímidos para apaziguar sua base, criando a ilusão de ser o líder da esquerda que muitos esperavam que ele fosse. Poderia mencionar mais eventos diplomáticos semelhantes aos anteriores, porém, isso tornaria o texto longo e cansativo.

Em outra frente, Lula continuava tomando decisões que prejudicavam o Brasil e minavam as perspectivas de prosperidade do país. O PT, que ficou marcado pelo escândalo do Petrolão, agora parecia agir contra os interesses da Petrobras. Era o núcleo duro do Lulismo, em especialmente Marina Silva e Ibama, que estava criando obstáculos que impediam a Petrobras de explorar a margem equatorial. Além disso, o governo iniciou emissões de títulos da dívida baseados em critérios ESG (é importante notar que, em um ado distante, o PT defendia a ideia de rever ou até mesmo suspender o pagamento da dívida).

Para tentar enganar sua militância, Lula propôs um novo PAC, mas agora era um PAC verde. As grandes obras de infraestrutura foram deixadas de lado, dando espaço para iniciativas focadas em cidades inteligentes, ônibus elétricos e cata-vento no mar. Todo o pacote de transição energética defendido pela União Européia e pelo Biden sendo colocado em prática. E por falar no Biden, quando o Lula foi para a reunião da ONU, ele aproveitou para visitar seu chefe e lançarem juntos uma política de valorização dos trabalhadores. Alguém acha mesmo que Biden tinha algum pé no sindicalismo? Esse episódio inclusive foi motivo de gozação na esquerda, quer dizer, de parte dela, já que a maioria da militância seguia cega para tudo que estava ocorrendo.

Agora eu vos questiono: como alguém ainda pode insistir em colocar o Lula numa caixinha restrita ao Foro de São Paulo? Como várias bebidas, conforme o tempo ou, até mesmo Lula mudou (e pelo visto pra pior). Obviamente ele não perdeu seu apreço pelos ditadores da América Latina, mas mergulhou de cabeça na chamada agenda globalista e a alçou como prioridade do seu terceiro mandato. Compreender isso é compreender por que Lula traiu a todos; é compreender por que Lula traiu o Brasil, já que nem mesmo os interesses nacionais direcionam as decisões do líder máximo da nação. Hoje o Brasil está à deriva e mais suscetível do que nunca aos interesses mesquinhos transnacionais.

Atualização

Uma redundância nos dois últimos parágrafos foi corrigida.

Atualizado em 27/11/2023 às 16:38

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