No caso de enfrentarmos uma segunda onda de contaminação pela Covid-19, cabe a pergunta: teremos uma renovação do auxílio emergencial? Mesmo antes da pandemia, o governo brasileiro, em todos os seus níveis – federal, estadual e municipal –, gastava muito e mal. A grande maioria dos estados está quebrada. Não tem dinheiro nem para pagar salários e aposentadorias. Se o país ar por uma segunda onda de infecção – o que já acontece na Europa e Estados Unidos –, um novo auxílio emergencial seria necessário. Mas esse gasto adicional colocará as contas dos governos em situação ainda pior. Não sei o que é pior: não aprovar um novo auxílio ou aumentar ainda mais o descontrole das contas do governo. O auxílio emergencial ajuda o país a funcionar. Reduz o efeito do confinamento. Mas ele tem um custo alto. Nossa situação não é fácil.
Grandes e profundas mudanças na parte tributária e na forma como os governos gastam o seu dinheiro são o único caminho para atravessarmos esse período e caminhar em direção a um crescimento sustentável de longo prazo. Aprovar transformações responsáveis, intensas e efetivas nas contas do governo é nossa única saída. Vamos torcer para que os poderes Executivo e Legislativo encontrem a fórmula segura para o nosso querido país.
Lauro Araújo é assessor de investimentos na Atrio Investimentos.