A primeira missão de fato tripulada da Artemis com o intento de pisar na Lua deve ocorrer apenas em 2025, mas a Nasa já aposta em uma composição de equipe de até quatro tripulantes marcada pela diversidade. Há um interesse real em tornar esse retorno humano à Lua mais alinhado aos valores da Nasa e da sociedade do século XXI, promovendo uma visão diversificada para o futuro da exploração espacial. Já é garantido, conforme anunciado, que ao menos um dos astronautas da missão será uma mulher e outro não será caucasiano. 3375i
Pisar na lua novamente, após 50 anos, será algo novo e com uma perspectiva completamente diferente em uma era na qual a exploração espacial tem aspectos comerciais, com empresas como SpaceX e Blue Origin disputando novos domínios. O que a Artemis propõe, apesar de parecer repetido, são novos capítulos da nossa jornada às estrelas, como colocar um satélite na órbita da Lua e criar uma base para habitação humana, coisas que serão essenciais para entender como avançaremos para outros planetas no futuro.
Cássio Barbosa é mestre em Astrofísica pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e doutor em Astronomia pela Universidade de São Paulo. Foi coordenador do Observatório de Astronomia e Física Espacial da UNIVAP e atualmente é professor adjunto na FEI.