Tikhonova foi casada até 2018 com Kirill Shamalov, bilionário mais jovem da Rússia, segundo a Forbes, e filho de um antigo amigo de Putin. O pai, Nikolay Shamalov, é acionista do Banco Rossiya, “que as autoridades dos EUA descreveram como o banco pessoal da elite russa", informou a Reuters.

A BBC conta que o casamento ocorreu em 2013, em um resort de esqui, perto de São Petersburgo, com direito a entrada dos noivos em um trenó puxado por cavalos brancos. Segundo a emissora, o Tesouro dos EUA apontou que "suas fortunas melhoraram drasticamente após o casamento".

Aos 26 anos, Shamalov se tornou vice-presidente da empresa petroquímica russa Sibur, segundo a Forbes. Logo após se tornar genro de Putin, ele comprou uma participação de US$ 380 milhões na empresa por apenas US$ 100, conforme investigação da iStories e do Projeto de Denúncia de Crime Organizado e Corrupção (OCCRP), divulgada no fim de 2020.

Na ocasião, Vladimir Putin disse que Shamalov adquiriu ações da gigante petroquímica como “parte de um programa de incentivo à istração”, divulgou a Reuters. Em 2015, Kirill e Katerina tinham participações corporativas no valor de cerca de US$ 2 bilhões, segundo estimaram analistas financeiros à agência de notícias.

Sanções

As restrições impostas pelos EUA (que impedem operações no sistema americano e congelam bens no território do país) também atingiram a esposa e filha do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Washington já havia imposto sanções a Putin algumas semanas antes, mas suspeita-se que o presidente russo "esconde seus bens" atrás de familiares e amigos.

O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, criticou a medida do governo norte-americano contra as filhas de Vladimir Putin. "O caminho adotado de restrições contra membros das famílias fala por si só. É difícil de entender e de explicar", disse o representante do Kremlin, em coletiva no dia 7 de abril. "Lamentavelmente, é preciso lidar com esse tipo de adversários", completou Peskov, referindo-se ao governo americano e de países europeus.

Maria e Katerina também estão proibidas de viajar ao território da UE e terão todos os seus bens ali congelados, da mesma forma que ocorreu em março com Putin e alguns de seus associados mais próximos.

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