Um retorno de Biden ao acordo tem o potencial de desgastar as relações entre EUA e Israel, que se opõe ao pacto por considerar que ele não tem a capacidade de frear as ambições nucleares do Irã, além de Arábia Saudita e outros adversários do país persa na região. 2n6h12

Acordo de Paris 106h21

Os EUA am o acordo de Paris em 2016, durante o governo Obama, e se comprometeram em reduzir as emissões de gases do efeito estufa para contribuir com o objetivo do tratado, que é manter o aumento das temperaturas globais médias abaixo de 2°C. O governo Trump avisou formalmente que se retiraria dos compromissos do acordo em novembro de 2019. Como prazo de um ano exigido para a retirada, os EUA deixaram o tratado de fato em 4 de novembro de 2020, um dia após as eleições.

"Eu voltarei a aderir ao Acordo de Paris sobre o clima no primeiro dia do governo Biden", prometeu o democrata, que também defende a transição para uma economia de energia 100% limpa com balanço zero de emissões até 2050.

Biden vai precisar dos aliados europeus para lidar com o desafio de uma China cada vez mais ambiciosa e agressiva. Trump tem uma postura dura com o país asiático, que ele acusa de práticas abusivas de comércio, roubo de propriedade intelectual e de permitir que o coronavírus ganhasse o mundo.

Analistas dizem que tanto democratas quanto republicanos veem Pequim como uma ameaça a ser combatida. A diferença estaria, mais uma vez, na abordagem de Biden e Trump: enquanto o atual presidente preferiu medidas unilaterais para combater as práticas chinesas, Biden indicou em sua campanha que trabalharia mais de perto com a comunidade internacional, construindo "uma frente unida de amigos e parceiros para desafiar o comportamento abusivo da China". Críticos dizem, no entanto, que Biden nada fez para coibir o avanço militar e econômico da China nos dois mandatos em que foi vice-presidente.