Durante o processo, o Estado acusou Shchyrakova de "coletar, criar, processar, armazenar e transmitir informações" para o principal centro de direitos humanos de Belarus, conhecido como Viasna, bem como para o canal de televisão Belsat, que transmite informações sobre país a partir da Polônia. 52f4o

Tanto a organização Viasna quanto a Belsat são consideradas organizações "extremistas" pelo regime de Alexander Lukashenko.

"O veredito contra Larysa Shchyrakova é mais uma retaliação destinada a se vingar dos jornalistas", disse a Associação de Jornalistas Bielorrussos em um comunicado.

"Shchyrakova é uma repórter profissional com anos de experiência, uma ativista de direitos humanos e uma figura cultural. Em todo o mundo, esse tipo de personalidades costuma receber prêmios. Em Belarus, elas são perseguidas, mas o jornalismo não é um crime", acrescentou.

A líder da oposição em Belarus, Sviatlana Tsikhanouskaya, condenou a decisão do tribunal afirmando que “hoje, meus pensamentos estão com Larysa Shchyrakova, uma jornalista e mãe que foi condenada a três anos e meio simplesmente por fazer o trabalho dela, afastada do seu filho. Essa mulher brilhante está sendo mantida como prisioneira política junto com outros 32 jornalistas em Belarus. Essa vergonhosa injustiça deve acabar".

Atualmente, 33 profissionais de imprensa de Belarus estão presos aguardando julgamento ou cumprindo penas, de acordo com a Associação de Jornalistas.

A Viasna registra 1.496 prisioneiros políticos em Belarus, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Ales Bialiatski.