“Como bilhões de libras esterlinas estão sendo investidas no próximo conjunto de tratamentos baseados em mRNA”, disse Willis para o site da universidade, “é essencial que essas terapias sejam projetadas para serem livres de efeitos colaterais não pretendidos”. Vacinas de mRNA estão sendo projetadas para tratar vários tipos de câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias e imunológicas. Portanto, o problema, para o qual a equipe de Willis já sugeriu uma solução, tem um grande custo associado.

Por muitos anos houve tentativas de criar imunizantes baseados em mRNA. Porém, os blocos moleculares que constroem a longa fita da “mensagem” eram rapidamente detectados e destruídos pelo sistema imunológico. Isso foi resolvido pelos ganhadores do Nobel, Katalin Karikó e Drew Weissman, por meio da introdução de uma forma modificada de um desses blocos. Contudo, ainda resta o problema de que esse bloco modificado, chamado pseudouridina, leva às vezes a uma má leitura da mensagem na célula, modificando, assim, a proteína produzida.

Os cientistas estimaram que uma a cada quatro pessoas que receberam a vacina de mRNA devem ter desenvolvido imunidade contra o chamado produto não pretendido, em vez de apenas contra a proteína do vírus. “As vacinas da Covid são muito, muito seguras e muito, muito eficazes”, garantiu Willis. “E agora as tornamos ainda mais seguras no futuro”.

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