Caso confirmado após a revisão do estudo, que ainda é pré-prelo, este resultado põe a istração pediátrica desta vacina em dificuldade com agências reguladoras como a Anvisa, que consideram 50% o limiar de eficácia para aprovação de uma vacina. A Comirnaty para crianças foi aprovada no Brasil em dezembro ado. 6j5o4f

A primeira autoria é de Vajeera Dorabawila, do Departamento de Saúde de Nova York. Chefia a pesquisa Eli Rosenberg, afiliado à instituição e à Faculdade de Saúde Pública em Albany da Universidade do Estado de Nova York. O governo do estado financiou o estudo integralmente. Os pesquisadores compararam crianças e adolescentes que completaram o regime de vacinação com os que não se vacinaram na mesma faixa etária. Calcularam a eficácia da vacina contra novos casos e contra hospitalizações, tomando o período de 29 de novembro de 2021 a 30 de janeiro deste ano. Também foi possível que analisassem o decaimento da proteção da vacina semanas após a inoculação e indiretamente acompanhar a ascensão da variante ômicron.

Eficácia em queda 115j1k

No fim de novembro, entre os adolescentes, a eficácia da Comirnaty para casos era de 85%. Ela caiu para 66% no meio de dezembro, quando a ômicron atingia um a cada cinco casos. Continuou a cair, para 51%, na última semana de janeiro, quando a ômicron atingiu hegemonia de mais de nove a cada dez casos. Nas crianças, a queda na eficácia foi de 68% para 12% nos dois últimos marcos temporais. Na “margem de erro”, o último valor está entre seis e 16%.

O quadro é diferente para a eficácia calculada com base em hospitalizações no fim de janeiro: 73% para adolescentes e 48% para crianças. A “margem de erro” para as crianças chama a atenção pela amplitude, podendo chegar a 75%, e também por ter um número negativo em seu limite inferior, o que sugere uma possível maior hospitalização de crianças vacinadas em comparação às não-vacinadas. Se esta sugestão é espúria e resultado de um artefato estatístico, só saberemos após o artigo ser submetido à revisão por pares e debate.

Quanto ao decaimento da imunidade vacinal, nos adolescentes a eficácia era 76% com 13 dias ou menos desde a inoculação, caindo para 56% dentro de apenas um mês. Nas crianças, essa queda foi de 65% para 12%.

As marcadas diferenças entre crianças e adolescentes podem não ser devidas apenas à idade, mas também ao fato de a dose pediátrica ser diluída. Os autores pensam que essa é uma boa explicação, especialmente considerando que a maior eficácia foi observada em pré-adolescentes de 12 anos, que recebem a dose não-diluída, mas têm um corpo menor. O estudo não incluiu jovens que tenham tomado a terceira dose.

Apesar de pedido de agências de saúde americanas à Pfizer para o desenvolvimento de um protocolo para vacinar bebês, o plano foi abandonado por enquanto.

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