Ela continua: “Aqueles que alardeiam que o ‘trabalho sexual’ (também conhecido como prostituição) deveria ser legalizado ou totalmente descriminalizado não podem apagar o fato de que a prostituição é inerentemente danosa. A prostituição não é um trabalho como qualquer outro. É impossível dar um fim aos seus males por meio de regulações. Não importa o modelo legislativo; ela inevitavelmente conduz ao trauma físico, emocional e psicológico.”
Enquanto as feministas da “positividade do sexo” defenderam o “trabalho sexual” legal como uma rejeição ao patriarcado, Hawkins diz que os dados provam o oposto. “Legalizar e descriminalizar a prostituição acende o sinal verde para os compradores de sexo — que são, em sua imensa maioria, homens. Ao remover qualquer restrição legal, a demanda por pessoas prostituídas irá subir, resultando num aumento do tráfico de pessoas para manter a demanda.”
Por que os homens jovens não estão fazendo sexo, então? Uma série de fatores afeta tanto os namoros quanto a vida sexual dos homens. Segundo especialistas, o problema é mais fundo do que uma precária definição de "positividade quanto ao sexo" é capaz abarcar, e poderia ter relações com a prevalência do consumo de pornografia.
Muitos dos estudos que mapeiam a vida sexual dos homens jovens deixaram de incluir suas vidas “sexuais” online, que não raro começam abaixo dos 10 anos, quando a maioria do sexo masculino tem sua primeira exposição ao material explícito. Como o uso da pornografia cresceu, a pesquisa mostra que há menos interessados em relacionamentos reais, que incluem a busca, o risco de rejeição, e não produzem os “estímulos acima do normal” ao qual estão acostumados graças à pornografia.
A gratificação instantânea que os usuários de pornografia têm já satisfaz o seu desejo, e ainda tem a conveniência de parecer livre de riscos.
Ainda assim, os estudos mostram que os riscos são muitos. Um estudo de 2022 descobriu que “o uso de pornografia está associado à erosão da qualidade da vida sexual dos homens jovens”, segundo Marcel Van der Watt, diretor do National Center on Sexual Exploitation Research Institute. Em comentário ao Washington Stand, ele destrinchou a extensa pesquisa sobre o estrago que a pornografia faz nos hábitos sexuais masculinos.
“Um estudo de 2015 sobre as atividades sexuais masculinas online descobriu que a pornografia estava ligada a um desejo sexual mais elevado, mas também a satisfação sexual e função erétil mais baixas”, explicou. “Num estudo separado com 405 homens e mulheres sexualmente ativos que viram pornografia, a frequência do consumo de pornografia estava diretamente relacionada à preferência pela excitação sexual com pornografia, em vez de com companhia. Essa preferência estava associada a uma comunicação sexual desvalorizada, e menos satisfação sexual, tanto para homens como para mulheres.”
Com a pornografa moldando o que muitos homens pensam sobre masculinidade e sexo, a pesquisa mostra que muitos jovens não alcançam a “positividade quanto ao sexo” e se veem metidos em vícios danosos que prejudicam as suas vidas sexuais, os explorados pela prostituição, os seus relacionamentos, os casamentos e a sua saúde como um todo.
A pesquisa também mostra que a causa primária de os homens fazerem menos sexo é eles atrasarem o casamento.
“Temos um mundo que procura o amor, e as pessoas estão achando o amor em todos os lugares errados”, disse ao Washington Stand Jennifer Bauwens, diretora do Center for Family Studies do Family Research Council. Ela aponta que a igreja deveria prestar atenção aos homens jovens que substituem relacionamentos reais por pornografia, porque as estatísticas de uso de pornografa são altas, mesmo entre cristãos.
“[A igreja precisa se envolver em] estratégias práticas [....] para alcançar as necessidades de uma geração que não sabe se conectar com o outro. Eles substituíram por redes sociais, pornografia e todas essas coisas diferentes que são tentativas falsas de se conectar com o mundo ao nosso redor, mas nunca vão ficar satisfeitos, porque não foi assim que Deus nos desenhou.”
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