As pessoas precisam ver policiais andando na rua, sentir a segurança de saber que a desordem em público será coibida. O Brasil não precisa de guardadores de carro, de apologia às drogas por parte de artistas e bailes funks no meio da rua nas madrugadas. Esse tipo de atitude incentiva a glorificação da violação à lei. Se o país permite que drogas sejam vendidas em escolas públicas, como poderá reclamar da baixa qualidade da educação? 1cj

A República de Platão coloca os guardiões como os que impedem que vivamos em uma cidade de porcos. Isso significa a proteção de ameaças externas (como a proteção militar) e internas, fundamentalmente a manutenção da ordem. Platão diz que os agentes da ordem precisam ser formados na prudência, na coragem, na justiça e na temperança. Eles precisam ser modelo de vida ordenada. Os brasileiros naturalmente associam o exército ao cumprimento das leis. Isso é um bom sinal.

Qualquer aumento do contingente (muitas vezes indispensável) não pode vir à custa da qualidade. Os policiais novos precisam de uma formação ética e técnica impecável. Se mesmo em tempo de guerra são destinados bons tempos para a formação dos recrutas, precisamos ter a mesma postura na guerra contra o crime. Policiais bem formados se sentem mais seguros para atuar em coordenação. No entanto, não acho que maior integração e coerência se darão com a unificação das polícias. Dos carabinieri da Itália aos agentes da Swat, a diversidade de agências evita que a corrupção da primeira vá para as outras. Ademais, isso permite que se cultivem especialidades diferentes que são salutares, dada a complexidade do crime.

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Obviamente, educação e iluminação são importantes para a prevenção dos crimes. A iluminação entra na própria teoria das janelas quebradas e a educação é sabida desde a época dos romanos. Porém só no sonho idílico da esquerda essas políticas seriam suficientes sem a ampliação da ação policial, o armamento da população honesta ou no mínimo que os culpados apreendidos fossem presos de fato (a última da esquerda é defender nas faculdades de direito que ninguém deve ser preso).

A visão de que riqueza e educação previnem por si negligencia o fato de que vários criminosos têm boa condição social e nível educacional elevado. Contra tudo o que apontavam os “especialistas” da esquerda, apenas a difusão das ideias conservadoras que adotam uma postura de maior valorização do policial e que é menos tolerante com bandidos já deu uma janela de oportunidade para que mesmo em 2018 já houvesse uma redução do número de crimes no país.

Em suma, sem uma cultura de lei e ordem, a segurança não melhora e poucas coisas são tão urgentes para os brasileiros. Um maior investimento em segurança traria ótimos resultados. No entanto, sem boas práticas, sem um combate ideológico também contra a cultura de tolerância ao crime que se dá entre os seguidores da Escola de Frankfurt e contra a cultura hedonista de drogadição que se sustenta no utilitarismo hedonista benthamiano, sem a promoção de uma educação de qualidade que promova a virtude do cidadão, não haverá orçamento público que baste para tentar combater o crime.

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