A transferência repentina das aulas para o mundo virtual acarretou despesas extras para as instituições de ensino com softwares, equipamentos e treinamento de professores, além de provocar impactos pedagógicos e psicológicos. Contudo, quem já trabalhava com o ensino híbrido, ou seja, já misturava o aprendizado offline ao online, relata que a adaptação foi mais rápida e a experiência vem sendo positiva.
“Já usávamos uma plataforma e o ensino híbrido, então, no início, conversei com professores, colocamos atividades na plataforma, entrei em contato com os pais e as aulas foram acontecendo meio online, meio offline. ados 15 dias, viemos trabalhar internamente na escola, porque aqui tem equipamentos que facilitariam as aulas online. Hoje, nossas aulas são remotas, mas os alunos participam em tempo real, interagindo com o professor e com os colegas, e os pais estão satisfeitos”, conta Sueli sobre a experiência do Colégio Geração Cima.
No Amplação, a situação foi parecida. “O ensino híbrido acontece há dez anos na nossa escola. Então, quanto precisamos virar a chave, professores e alunos não sofreram, porque eles já faziam isso no dia a dia. As escolas que não tinham esse hábito tiveram que capacitar rapidamente os professores e, por isso, vemos um impacto emocional muito grande. Eles tiveram que virar youtubers quando não são youtubers”, resume Gisele.
Estando um o à frente, as escolas puderam investir no acolhimento aos alunos e às famílias. No Geração Cima, por exemplo, foram criados grupos de WhatsApp para cada turma e a escola ou a usar um aplicativo para se comunicar com os pais. No Amplação, foi criado um sistema de atendimento individual para alunos autistas e com déficit de atenção, além aulas de reforço em grupos menores para os alunos que apresentarem qualquer dificuldade para assimilar os conteúdos trabalhados durante as aulas.
*As transferências registradas pelo Estado dizem respeito aos alunos dos ensinos fundamental II, ensino médio, profissional e EJA.