No caso do Podemos, Coelho ite que há um bom relacionamento, mas não a ponto de identificar uma afinidade ideológica. "Tem uma composição um pouco mais diferente", diz. Já no caso do União Brasil, ele também não identifica uma afinidade. "É um partido muito mais conservador. O Cidadania é um partido que abriga sociais democratas, liberais, mas não é um partido conservador", justifica.
Além desses partidos, o Podemos também negocia com lideranças do Novo, a exemplo do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e caciques do Patriota, como o próprio presidente da sigla que fechou as portas para Bolsonaro, Ovasco Resende. Moro se reuniu com Resende, mas as negociações não avançaram.
Lideranças do Novo são simpáticas à possibilidade de um apoio a Moro caso seu pré-candidato, Felipe d'Ávila, não se viabilize. Já Resende disse ao jornal Correio Braziliense que a decisão sobre a eleição presidencial será tomada depois do parecer das lideranças estaduais. A legenda aguarda para saber se lança uma candidatura própria ou se apoia algum candidato à Presidência.
Enquanto dá como praticamente certa a composição com o Cidadania, o PSDB de João Doria mantém conversas com o MDB da senador Simone Tebet. O partido tucano surgiu de uma cisão no antigo PMDB e uma aliança entre as duas legendas é tratada agora como uma possível volta às origens. Não há, contudo, perspectivas de alianças de ambos junto a partidos menores.
Doria já fez elogios públicos e Tebet e não esconde de ninguém o desejo de que ela seja candidata a vice na chapa presidencial do governador de São Paulo. A senadora teve atuação destaca na I da Covid. Mas, por enquanto, a candidatura de Tebet é vista como um caminho sem volta pelo presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP).