O caminho mais rápido para resgatar o país e o orçamento público é pela eleição livre sem interferência. E a forma mais eficiente de alcançar esse objetivo é eleger Lula já no primeiro turno. O Brasil foi desestabilizado pelas ações do Bolsonaro, um projeto de desgoverno, de desregulamentação total de leis e normas. Estes conflitos têm ocorrido porque convivemos com ameaças constantes de golpe, de envolver as forças armadas, romper com a legalidade e o estado democrático de direito, com ataques às instituições, ao judiciário, aos órgãos fiscalizadores, à imprensa. O judiciário é instado constantemente a aplicar a Constituição frente a tantas violações e crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República. 3l3jk

2 - Como o senhor vê o “orçamento secreto”?

O orçamento secreto é uma das maiores aberrações políticas já vividas por esse país, uma ilegalidade evidente. É o roubo institucionalizado, corrupção andando solta e sem fiscalização. É o resultado das trapaças de Bolsonaro, que não respeita a legalidade institucional. E o judiciário sob ataque não tem força de impedir isso. Estão se esbaldando num orçamento que já consome 16 bilhões. E tudo escondido da população. Bolsonaro não tem mais comando sobre o orçamento. Um grupo liderado por Paulo Guedes e o Deputado Lira sequestraram totalmente o orçamento do país. Ali am todas as boiadas.

3 - Como o senhor se posiciona em relação a privatizações de estatais?

Não há razão nenhuma para privatizar estatais e empresas públicas. As estatais cumprem um papel importante, como faz o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios, que garantem serviços do Oiapoque ao Chuí. Temos visto a importância da Petrobras no controle dos combustíveis. Até recentemente estávamos submetidos aos preços de mercado para os combustíveis e ninguém ava mais os preços. O preço do diesel tem sufocando a economia e implicado em carestia de vida. Os trabalhadores brasileiros estão sendo humilhados nos corredores dos mercados, buscando produtos de baixa qualidade e reduzindo o consumo básico. Eu sou defensor das estatais, das universidades públicas, das empresas públicas.

4 - Em junho, o plenário do Senado aprovou projeto de lei complementar que fixou um teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público. O texto recebeu críticas de governadores estaduais, inclusive do Paraná, já que o ICMS é a principal fonte de arrecadação estadual. Como o senhor se posiciona sobre o tema?

A questão tributária é a maior injustiça do Brasil. É preciso tributar os dividendos e lucros, não o consumo. Essa será uma das minhas propostas no Senado, tributar fortunas ao invés de comida. A tributação sobre o consumo tira sempre mais das pessoas de menor poder aquisitivo. A população que recebe até 2 salários mínimos gasta 50% da sua renda com impostos. E essa população representa 70% dos brasileiros. A redução do ICMS nos combustíveis não atingiu essas pessoas, só os 30% que ganham acima desse valor. Não impactou no custo de vida, para comprar o básico. Retirar imposto para conseguir votos, sem outra fonte, atinge somente as pessoas mais pobres, pois tirou dinheiro da educação.

5 - Quais são as principais bandeiras da sua candidatura e por que busca a cadeira do Paraná no Senado?

É hora do Paraná ter uma representação popular e dos trabalhadores em Brasília. Nós legislaremos por uma reforma tributária que tire a carga de quem ganha até 2 salários mínimos e tribute lucros e dividendos. Pela mudança da matriz produtiva no campo brasileiro, pois somente uma produção de alimentos agroecológica, sem uso de químicos e venenos, produzirá alimento de qualidade. É preciso manter o auxílio de R$ 600, até que seja extinta a miséria no país. Defendemos auditoria permanente da dívida pública. 50% de tudo que pagamos de impostos vai para pagar dívidas e elas só aumentam. Precisamos também federalizar a educação. Educação é projeto de nação e deve ser igual para todos.

6 - Qual a candidatura à presidência da República que o senhor apoia e por quê?

O PSOL desta vez não tem candidatura própria para Presidência. Foi uma decisão no sentido de unir as forças democráticas para tirar o fascismo do poder. Assim, apoiamos Lula já no primeiro turno para o país voltar ao seu caminho de futuro, progresso, distribuição de renda, respeito às instituições e ao povo brasileiro. O programa do governo Lula, de combater a fome e a carestia de vida nos move. São 33 milhões de brasileiros ando fome e outros milhões em insegurança alimentar. O Brasil não merece um presidente que toda semana se envolve em algum barraco, ofende alguém, distribui armas sem critério, desrespeita outras nações, agride e ofende o Judiciário, enquanto é refém da banda podre do Congresso Nacional.

7 - Qual a candidatura ao governo do Paraná que o senhor apoia e por quê?

Nosso partido, em conjunto com a Rede Sustentabilidade, unidos numa Federação, apresentamos a candidatura da Professora Ângela. Uma professora da rede pública de ensino. Juntamos nossas forças e construímos um belo programa de governo para o Paraná. Estamos firmes na campanha e, principalmente, conversando com a juventude. É preciso que o Paraná experimente alternativas de governar que sejam mais modernas, com participação de negros, negras, mulheres, LGBTQIAP+, juventude e periferias. Essa é nossa tarefa. O PSOL é um partido atualizado, que encanta a juventude. A Professora Ângela carrega nossa bandeira para o governo do Estado.

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