A Defesa quer, basicamente, que as urnas submetidas ao teste de integridade, realizado no dia da eleição, permaneçam nas seções eleitorais, em vez de serem levadas para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado. O teste consiste em conferir, em votações simuladas, se a urna registra os votos corretamente, reproduzindo as escolhas em cédulas de papel, que depois são comparadas aos boletins de urna que a máquina imprime. 14542l

Os militares propõem que eleitores comuns ativem as urnas nas seções eleitorais com a biometria, de modo a reproduzir da maneira mais próxima possível o funcionamento delas numa eleição real. A suspeita é de que haja um código malicioso na urna que, percebendo que ela não a por uma eleição real e sim um teste, faça com que se comporte de maneira íntegra, o que não ocorreria normalmente.

Militares e técnicos em segurança independentes entendem que essa é a forma fundamental para testar efetivamente as urnas. Eles consideram que a inspeção do código-fonte, permitida pelo TSE desde outubro do ano ado, não é suficiente, pois não garante que o arquivo disponibilizado seja exatamente o mesmo que será instalado nas urnas.

Servidores e técnicos do TSE são contra mudar o teste de integridade neste momento, muito próximo da eleição, pois implicaria em custos financeiros, dificuldades logísticas e burocráticas, porque alteraria todo o procedimento já preparado pelos TREs, que incluem contratos com empresas de auditoria que acompanham a votação paralela em suas instalações. No total, serão testadas cerca de 600 urnas, seis vezes mais que em 2020.