Questionado novamente sobre como procederia em relação à indicação do PGR quanto à listra tríplice, persistiu em não responder. 264730

“Para mim a seriedade das instituições é o que vai garantir o exercício da democracia neste país. Então pode ficar certa de que as coisas irão acontecer da forma mais republicana possível”.

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Perguntado sobre a falta de clareza sobre os planos de sua campanha para a economia e como pretende lidar com desequilíbrios nas contas públicas, disse que durante seus mandatos anteriores reduziu o desemprego, a inflação e a dívida pública e falou sobre a política de inclusão social de seu governo.

“Tem três palavras mágicas para governar o país: credibilidade, previsibilidade e estabilidade. Tem que garantir primeiro que quando você falar, as pessoas acreditem no que você fala. Quando você fala na previsibilidade é porque ninguém pode ser pego de surpresa dormindo com mudanças no governo. E a estabilidade é para você convencer que os empresários do Brasil e os estrangeiros tenham condições e saibam que têm estabilidade para fazer investimento aqui dentro”.

Relacionamento com o Congresso h1l71

Perguntado sobre como evitaria novos escândalos de corrupção no tratamento do governo federal com o Congresso, a exemplo do mensalão, ocorrido durante o governo Lula, o ex-presidente disse que isso seria evitado punindo as pessoas e conversando com os parlamentares.

Ele ainda comparou o mensalão ao chamado "orçamento secreto", como ficaram conhecidas as emendas de relator que constam no Orçamento-Geral da União desde 2020 e cujo emprego são de livre escolha dos parlamentares.

Lula disse que o orçamento secreto é uma "usurpação de poder" e transformou o presidente da República em um “bobo da corte” e "refém do Congresso Nacional". O petista afirmou que combater o orçamento secreto será uma tarefa comum dele e de Alckmin. O ex-presidente afirmou ainda que não irá negociar com o Centrão, porque este não é um partido político. Vai sim negociar individualmente com cada legenda com direito a voto no Congresso Nacional

Dilma Rousseff 92862

Em pergunta sobre o governo Dilma Rousseff (PT), que se notabilizou pelo aumento de gastos públicos e congelamento de preços, sobretudo de combustíveis, o que resultou na maior recessão da história do país, Lula reconheceu que houve erros por parte da petista e que não cometeria os mesmos equívocos.

O ex-presidente disse que Dilma é “uma das pessoas que tem o mais profundo respeito pela competência e pela ajuda que me deu quando era ministra da Casa Civil”. Afirmou que após o agravamento da crise econômica internacional, ela se endividou para manter as políticas sociais e o emprego, e que foi boicotado pelas casas do Congresso, na época fortemente influenciadas pelo deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Rejeição do agronegócio 265r3e

Sobre a rejeição de grande parte do setor do agronegócio ao seu nome e possível correlação de tal objeção à atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que isso se deve à política do partido em defesa da Amazônia e demais biomas brasileiros. “Nossa luta contra o desmatamento faz com que eles sejam contra nós”.

Mais à frente disse que essa definição se aplica ao “agronegócio que é fascista e direitista” e não a todo o setor. Indagado a respeito do papel do MST em seu governo, defendeu a atuação do movimento. “Aquele MST de 30 anos atrás não existe mais”.

Política internacional 525l2b

A respeito da postura de Lula de evitar críticas ao apoio do partido a ditaduras de esquerda (como Venezuela, Cuba e Nicarágua), afirmou que “como democrata deve respeitar a autodeterminação dos povos”.

“Estou muito tranquilo com minha relação internacional. Se eu ganhar as eleições vocês vão ver a enxurrada de amigos que estão desaparecidos e que vão visitar o Brasil, porque o Brasil vai ser amigo de todo mundo”.

Declarações finais 696c34

“Queria dizer ao povo brasileiro que nós já provamos que é possível cuidar do povo brasileiro. Eu não gosto de usar a palavra governar, eu gosto de utilizar a palavra cuidar. Ou seja, tentar colocar o pobre no orçamento do país, tentar fazer com que as pessoas possam chegar à universidade, e vocês sabem que eu tenho orgulho de ter ado para história como o presidente que mais fez universidades, mais fez escolas técnicas. Nós pegamos o Brasil com 3,5 milhões de estudantes universitários e deixamos com 8 milhões. Ou seja, esse país é o país do futuro que nós precisamos construir.

Não existe nenhuma experiência de país que ficou rico sem investir na educação. Nós vamos voltar para pode investir na geração de emprego. Aliás, uma coisa importante, nós temos quase 70% das famílias brasileiras endividadas e a grande maioria delas é mulher. Endividadas porque não podem pagar a conta de água, a conta de luz, a conta do gás. Nós vamos negociar essa dívida, pode ficar certo que nós vamos negociar com o setor privado e o sistema financeiro porque precisamos fazer com que o povo brasileiro volte a viver com dignidade.”

Outros presidenciáveis no Jornal Nacional 3e1k3h

Além de Lula, nesta semana Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) também foram sabatinados no Jornal Nacional. A candidata Simone Tebet (MDB) dará entrevista ao telejornal nesta sexta (26).