Durante suas falas, Ciro afirmou que, caso eleito, diante de imes relacionados a temas sensíveis, apostaria na realização de plebiscitos para debater com a sociedade, o que poderia gerar atritos institucionais com o Congresso Nacional, já que isso enfraqueceria seu poder de decisão sobre tais temas. O candidato afirmou que para solucionar isso, se dedicaria a negociar com o Congresso e, principalmente, fazer alianças com governadores por meio da reestruturação das dívidas dos estados para obter apoio. 546a6m
Acompanhe a seguir os pontos abordados na sabatina:
Questionado sobre falas agressivas contra seus principais oponentes, Bolsonaro e Lula, Ciro Gomes disse que há pessoas e grupos políticos responsáveis pelo atual quadro econômico do país, sobretudo por desemprego e fome, e que essas pessoas e grupos têm que ser apontados e responsabilizados, “mas não olhando para trás, mas olhando para frente”.
Declarou que houve corrupção generalizada e um colapso econômico gravíssimo produzido pelo PT. “Temos que ser duros, a corrupção é um flagelo no Brasil”. Disse, também, que para viabilizar suas propostas precisa confrontar “aqueles que mandaram no Brasil durante esses anos todos”, mas que reveria sua postura.
Sobre a viabilidade de sua proposta de pagamento R$ 1 mil por mês a pessoas que tenham renda mensal de até R$ 417, disse que o projeto representa “uma perna de um novo modelo previdenciário” que somaria programas de transferência de renda e os transformaria em um direito permanente.
Segundo ele, o valor para aplicar tal mecanismo seria de R$ 297 bilhões, e que para custeá-lo criaria um tributo sobre grandes fortunas.
Ciro Gomes disse que pretende mudar o modelo de governança política no país para evitar entrar em colisão com o Congresso Nacional ou recorrer a trocas de favores para aprovar projetos de interesse do governo.
Uma das medidas para isso, segundo ele, é recorrer a plebiscitos para discutir temas complexos com a sociedade. Afirmou também que irá negociar com o Congresso e, por fim, ampliar o diálogo com governadores e prefeitos.
Essa negociação com gestores estaduais e municipais se daria, segundo o candidato, ao “libertar a falência de estados e municípios por meio da reestruturação das dívidas com os entes federados”. “Eu reestruturo essas dívidas, reforço o caminho do investimento nos estados e municípios, e os governadores e prefeitos vêm para a mediação. Persistiu o ime nesse ou naquele ponto, chama o povo para votar diretamente através de plebiscitos”.
Questionado sobre possíveis crises institucionais com o Congresso ao apostar nos plebiscitos como estratégia central, disse que isso se resolveria “olhando mais para a Europa e para os EUA do que para a Venezuela”.
“Eu acho o regime da Venezuela abominável. É muito clara minha distinção com esse populismo sul-americano que infelizmente o PT replica aqui. Essa é uma tentativa de se libertar o Brasil de uma crise que corrompeu organicamente a presidência da República”.
Ciro disse também que o compromisso perante o Congresso e não disputar a reeleição ao cargo o ajudaria a ter apoio do Parlamento para aprovar propostas.
Perguntado sobre como tal compromisso o ajudaria a formar maioria no Congresso, afirmou que a reeleição destruiu a governança política e que o presidente a a ter receio de conflitos com o Parlamento e se vende para agradar todos e se reeleger, e também por medo de Is. “Eu, abrindo mão da reeleição, vou cuidar só de fazer a reforma que o país precisa”.
Questionado novamente sobre como isso aumentaria a boa vontade do Parlamento, declarou que “isso ajuda muito; acredite, com a experiência que eu tenho, ajuda muito”, reforçando que também iria negociar com o Congresso.
O candidato afirmou que parte da população residente no bioma amazônico não entende o impacto negativo do desmatamento e que apenas a repressão não resolve. Propôs a implementação do zoneamento econômico ecológico, que consiste em estabelecer os locais em que se pode e em que não se pode desmatar. “A partir disso, temos que fazer um grande esforço de retreinamento e de diversificação da atividade produtiva (...) Fazer com que a economia rural aprenda que a floresta vale muito mais em pé do que derrubada”.
Afirmou que a partir daí, “a repressão vale para o verdadeiro marginal” e que “a algema vai voltar a funcionar” no primeiro dia do seu governo, em referência ao combate a crimes ambientais.
Na coordenação de ações entre governo federal, estados e municípios, afirmou que serão mapeadas áreas de risco de locais vulneráveis no país e que os 5 milhões de empregos que pretende gerar estão relacionados a obras paradas, reurbanização, macrodrenagem, microdrenagem, contenção de encostas, reforma de moradias populares e saneamento básico “ao lado de um esforço estratégico de transformar a educação pública do Brasil numa das dez melhores do mundo em 15 anos”.
Sobre parceria com a iniciativa privada para o saneamento básico, disse que “a responsabilidade é pública, estatal, mas a execução desse objetivo de universalizar o saneamento básico deve ser delegada a quem for mais eficiente em fazer”.
Ciro Gomes disse que o enfrentamento às facções criminosas e às milícias não seriam enfrentados localmente, mas por meio de uma estratégia federalizada de policiamento. Isso seria feito “a partir de uma outa ferramentaria: inteligência, tecnologia e aparato’.
Questionado sobre o que isso diferiria do que já existe, Ciro disse que sua proposta resolveria o problema operacionalmente e financeiramente, sugerindo aumento no orçamento de segurança pública.
“Das cinco propostas que me propus a trazer hoje ainda não lhes falei de uma que é inédita, que é a 'lei anti-ganância'. Eu quero colocar uma lei em vigor no Brasil que eu conheço da Inglaterra. Que é assim: todo mundo do crédito pessoal, do cartão de crédito, do cheque especial, etc., ao pagar duas vezes a dívida que tem, fica quitado por lei essa coisa. Isso é uma polêmica, estou apresentando aqui em homenagem a Willian Bonner e à Renata - ao Jornal Nacional certamente que me deu essa oportunidade.
A você, meu irmão, eu peço só uma oportunidade de mudar o Brasil. A partir de sábado vai estar no ar a Ciro TV. Me ajude, me dê uma oportunidade de mudar o Brasil, é o que lhe peço. A ciência de errar é repetir as mesmas coisas do ado e achar que vai ter resultado diferente, não vai. Me ajuda a livrar o Brasil dessa bola de chumbo do ado. Vamos nos esperançar de novo. Você que vota no Bolsonaro porque não quer o Lula de volta, me dá uma chance. Você que vota no Lula porque não quer mais o Bolsonaro, há um país para governar, me dê uma oportunidade. E você indeciso, vocês são mais da metade da população, está na mão de vocês mudar o Brasil”.