A postura mais crítica a Rafael Greca foi a de Goura. O candidato do PDT criticou a ausência de uma política de gestão de resíduos por parte da prefeitura, afirmando que Curitiba gasta R$ 200 milhões para enterrar lixo em Fazenda Rio Grande, quando prometeu um programa de “lixo zero” para a cidade; denunciou o investimento de apenas 0,1% do orçamento municipal em programas habitacionais; e, ao discutir propostas para a retomada econômica da cidade, afirmou que, durante a pandemia, “o prefeito deu R$ 200 milhões para as grandes empresas do transporte público e nada para os micro e pequenos empresários”. O deputado estadual voltou a tocar no tema ao debater com professora Samara sobre a função social do transporte público. “A gestão do prefeito não é para os usuários é para os empresários”. 4y142s

Quem esquentou o clima entre os candidatos foi Letícia Lanz, que, já na sua saudação inicial criticou a ausência de Greca dos debates e, nas suas três perguntas, alfinetou os adversários. Ela questionou Eloy Casagrande sobre sua posição em relação à comunidade LGBTI, lembrando que a maior liderança da Rede, Marina Silva, por pressão da bancada evangélica, retirou a temática de seu plano de governo. À Carol Arns, Lanz perguntou como ela criticava a atual política da prefeitura de atenção à população de rua sendo que já havia trabalhado na Fundação de Ação Social e não resolveu a questão. A candidata do Psol ainda citou que Goura, como deputado, votou contra o projeto das escolas cívico militares, enquanto os demais deputados do PDT votaram a favor do projeto e questionou o candidato se ele governaria de acordo com suas convicções ou com as orientações do partido.

Professora Samara usou suas três perguntas para tentar arrancar compromissos dos demais candidatos. Ao debater o enxugamento da máquina pública com Christiane Yared, disse que, se prefeita, reduziria os salários de prefeito, secretários e vereadores ao valor dos vencimentos de um professor e perguntou se a candidata do PL estava disposta a fazer o mesmo. “Vamos cortar cargos, repactuar o tamanho da istração”, respondeu Yared. Lembrando que o PDT esteve na prefeitura com Gustavo Fruet (2013-2016), ela ainda perguntou se Goura se compromete a romper os atuais contratos com as empresas de transporte público da cidade, ouvindo do candidato que ele se compromete a conduzir uma nova licitação com lisura e transparência. Ao discutir segurança pública com Eloy Casagrande, a candidata anunciou que, se eleita, acabará com a Guarda Municipal, criando conselhos comunitários de segurança para que as comunidades discutam mecanismo de autodefesa.

Diogo Furtado e Zé Boni travaram o embate “fora, Bolsonaro” x “fica, Bolsonaro”. Enquanto o candidato do PCO disse que o grande objetivo de sua candidatura é denunciar “o golpe de 2016”, em referência ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e posicionar-se contra o atual presidente da República, o candidato do PTC defendeu o governo federal. Boni anunciou sua intenção de criar a Secretaria Municipal Cristã, para promover atendimento social a pessoas em situação de vulnerabilidade, e deu seu número de telefone no ar, ao afirmar que o 156, serviço de atendimento ao cidadão da prefeitura, em sua gestão, será o número de seu celular.

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