Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Filho, os professores necessitam de "regras específicas" caso a reforma da Previdência seja aprovada. A categoria foi ao Congresso Nacional na última semana para debater o assunto.
Como justificativa da reivindicação, o presidente afirma que a categoria sofre de doenças causadas pelo trabalho, enfrenta péssimas condições para realizar a docência, tem de lidar com um enorme número de alunos em sala de aula e sofre muitas pressões no dia a dia - entre elas, a violência no ambiente escolar.
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Aliás, para Filho, o número de casos de violência dentro das instituições públicas de ensino cresceu consideravelmente após a chegada de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência do país. "Ele [Bolsonaro] incita a violência", afirma Filho.
Leia, a seguir, a entrevista:
Por que os trabalhadores em educação deveriam ter regras especiais na reforma da previdência ou serem poupados dela? Há justificativa real para isso?
Nós entendemos que os critérios já estabelecidos, de 25 anos de contribuição para professora e 30 para professor, 50 anos de idade para professora e 55 anos para professor, ainda estão válidos.