A lei de Cascavel também é a prova de que mesmo agentes de influência poderosos na política, como as vertentes mais histriônicas do sindicalismo de esquerda ou o ganancioso corporativismo de algumas redes de escolas privadas, podem ser derrotados por quem não tem muito dinheiro ou poder de barganha. Isso é especialmente possível quando se trata de uma óbvia pauta de direitos humanos, como a educação domiciliar. Com uma defesa jurídica competente, o apoio de parlamentares engajados, a apresentação de casos concretos de famílias homeschoolers estruturadas e disposição para o diálogo, mesmo com aqueles de quem se discorda em outros temas, o caminho para o sucesso nas votações se abre.

É questão de justiça parabenizar o autor do projeto de lei, vereador Olavo Santos, por não ter apenas protocolado e em seguida abandonado a própria proposta - prática lamentavelmente comum em tantas casas legislativas -, mas por ter se dedicado às articulações necessárias ao resultado obtido: a aprovação.

Registro ainda o papel determinante que a Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED) teve no caso de Cascavel, bem como a coragem das famílias educadoras locais, que se expam a riscos normalmente temidos e, com isso, fizeram história. O homeschooling brasileiro cresceu um pouco mais, graças a vocês.

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*Jônatas Dias Lima é jornalista e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, onde atua junto à Frente Parlamentar em Defesa do Homeschooling. E-mail: [email protected]

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