É provável, contudo, que alguns interessados no tema se incomodem com o excesso de pesquisas provenientes dos Estados Unidos, preferindo buscar dados sobre homeschooling em outras partes do mundo. Esses também não vão se decepcionar.

Aqueles que gostariam de saber mais sobre essa prática na América Latina têm ao seu alcance, por exemplo, o artigo Educación en el hogar en Chile. Informe de resultados de la Encuesta Nacional, trabalho publicado em 2014, pelo professor Lester Aliaga Castillo, após um levantamento nacional a respeito dessa realidade entre as famílias chilenas.

Outro exemplo de país com realidade socioeconômica semelhante à do Brasil, e que aprovou o homeschooling na década de 90, é a África do Sul, onde a produção acadêmica sobre o tema está em franca expansão. Homeschooling in South Africa: A Multiple Case Study, de Jennifer Rae Steytler, publicado em 2019, pode ser um bom começo para entender o fenômeno por lá.

Quanto à investigação científica sobre o tema na Europa, um pesquisador interessado encontraria muitas opções, entre elas, El homeschooling em España: descripción y análises del fenómeno, do doutor em Educação pela Universidad de Oviedo, Carlos Cabo González. E já que estamos rodando o mundo, por que não ir até a Rússia, onde o homeschooling foi legalizado em 2012? O trabalho da professora Kristina Lyubitskaya, em inglês, Homeschooling in Russia and abroad, publicado no Journal of Modern Foreign Psycology, em 2017, certamente ajudará na compreensão de como e por que essa forma de educar vem ganhando tantos adeptos, até mesmo no país que já foi o coração da antiga União Soviética.

Jônatas Dias Lima é jornalista e presidente da Associação de Famílias Educadoras do Distrito Federal (Fameduc-DF). E-mail: [email protected].

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