Alckmin, que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi questionado sobre o assunto na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (SP), onde participou da cerimônia de abertura do evento.

“A responsabilidade fiscal é um dever de todos, é com boa política fiscal que nós vamos ter política monetária melhor, com redução de juros e crescimento da economia. Acho que é um compromisso de todos e o caminho é o diálogo”, disse o vice-presidente, segundo registrou a “Folha de S.Paulo”.

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Segundo a publicação, ele disse ainda que o que caracteriza o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o diálogo. “Um diálogo permanente com os demais poderes e os vários níveis da Federação”, afirmou.

No sábado, à “Folha”, Haddad classificou como um “desequilíbrio” o fato de o Legislativo criar gastos sem se preocupar em apontar uma fonte de financiamento.

“Há não muito tempo atrás, criar despesas e renunciar a receitas eram atos exclusivos do poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal disse que o Parlamento também tem o direito de fazer o mesmo. Mas qual é o desequilíbrio? É que o Executivo tem que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. E o Parlamento, não. É por isso que nós recorremos agora ao STF. É preciso dizer que o Congresso também tem que respeitar a mesma lei. E que atos que não a respeitem precisam ser suspensos”, afirmou.

No mesmo dia, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu a Haddad. “Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, afirmou o senador, em nota.

“Até porque o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra”, prosseguiu Pacheco.

Na última quinta (25), o ministro do STF Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, atendeu de forma liminar a ação do governo, suspendendo a desoneração. Submetida a julgamento do pleno em sessão virtual, o entendimento de Zanin foi seguido por outros quatro ministros.

Luiz Fux, no entanto, pediu vista e paralisou a análise da ação, mantendo, por enquanto, a desoneração suspensa por prazo indeterminado.

Pacheco já anunciou que irá recorrer e discutir uma reação política, possivelmente para frear o poder do STF, em especial em decisões monocráticas.

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