“As expectativas inflacionárias caíram para 4,7% e 4% em 2023 e 2024, respectivamente. A queda da taxa de inflação ampla deve-se principalmente à retração dos preços internacionais do petróleo e à diminuição significativa da carga tributária, incluindo um teto para a alíquota que os governos subnacionais [estados] podem aplicar para o maior imposto sobre o consumo, além de reduções e isenções de impostos federais”, cita a OCDE. 212e1m

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Segundo o relatório da OCDE, o consumo das famílias continua impulsionado pelas transferências sociais e pelo crescimento robusto do emprego – a taxa de desemprego caiu de 11,1% no primeiro trimestre deste ano para 8,7% no terceiro, ao o que a renda do trabalhador aumentou 2,5% em um ano.

Apesar disso, a tendência é de contenção no que vem, sob efeito da elevação da taxa de juros promovida ao longo de 2022. De acordo com a entidade, as condições de crédito mais rigorosas vão limitar o aumento no consumo, e a taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, não deve começar a cair até que a tendência de inflação esteja em trajetória de queda persistente.

“À medida que os gargalos de oferta desaparecem e os efeitos graduais de taxas de juro mais altas se materializam, a inflação deve cair a uma média anual de 8,9% em 2022 para 4,2% em 2023, mas aumentar de novo para 4,5% em 2024 com a aceleração da economia”, diz a OCDE, que espera uma redução progressiva da Selic a partir do segundo trimestre do próximo ano, o que deve levar a taxa para 10% ao fim de 2024.