apontam que um dos desafios para entrar em mercados continentais é a escala para iniciar as operações. “Quando entrarmos, será com força. Não é possível operar um mercado tão grande como o brasileiro com apenas três a cinco aviões”, diz a executiva da empresa chilena. 5k5g67

Outra vantagem da empresa chilena é estar vinculada a um grupo com forte expertise no mercado aéreo. A JetSmart pertence ao fundo americano Indigo Partners, que também possui companhias aéreas operando na Ásia (Cebu Pacific), Canadá (Lynx), Estados Unidos (Frontier), Europa (Wizz) e México (Volaris).

Atenção à solidez e à estabilidade da economia 4j4u1a

As condições de mercado serão fundamentais para a JetSmart avançar nos planos para o Brasil. “Precisamos de uma economia sólida e de estabilidade para garantir os investimentos. O governo precisa assegurar uma concorrência saudável entre as empresas”, afirma Álvarez.

A insegurança jurídica tem se mostrado um obstáculo para a entrada de novas empresas aéreas no mercado brasileiro. “É um assunto que assusta os potenciais investidores”, disse Jurema Monteiro, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em entrevista à Gazeta do Povo.

Apesar de o Brasil possuir um bom arcabouço jurídico para o setor, que permite a entrada de empresas com 100% de capital estrangeiro, Marcelo Guaranys, especialista em direito aeronáutico da Demarest Advogados e ex-presidente da Anac, diz que há frequentes tentativas de modificá-lo.

Uma das questões frequentemente discutidas é a cobrança de bagagens despachadas no porão das aeronaves. A prática foi autorizada pela Anac em 2016 e implementada em 2017, mas cinco anos depois, o Congresso tentou derrubá-la. A intenção foi vetada pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL). A justificativa foi que a medida levaria as companhias aéreas a revisarem o preço das agens devido ao aumento dos custos operacionais.

Guaranys lembra que a cobrança de bagagens é uma questão fundamental para a operação de empresas de baixo custo e ultrabaixo custo, segmento do qual a JetSmart faz parte.

Segundo Álvarez, é importante que o ageiro possa viajar com as vantagens deste modelo, que é a redução no preço da agem aérea. Na JetSmart, 30% dos ageiros viajam sem bagagem.

JetSmart quer ampliar operações internacionais a partir do Brasil 2b60e

A executiva destacou que, até o início das operações domésticas, a empresa pretende ampliar as operações de voos internacionais a partir do Brasil. Atualmente, tem frequências a partir dos aeroportos de Florianópolis, Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) e São Paulo (Guarulhos).

“Estamos consolidando, em um primeiro momento, as operações no Sul do país. Enxergamos grandes oportunidades no Nordeste”, diz Álvarez.

Outra possibilidade é transformar operações sazonais, como a de Curitiba a Santiago do Chile, em permanentes. “Vamos testar os mercados”, ressalta a executiva.