Segundo Silveira, a criação do grupo no âmbito do CNPE, que ainda depende de aprovação, deve apoiar estudos já realizados pelos ministérios de Minas e Energia e dos Portos e Aeroportos.

“Queremos democratizar a tarifa das agens aéreas no país, fazendo com que a classe média e as pessoas menos favorecidas voltem a usar os aeroportos, assim como aconteceu nos primeiros mandatos do presidente Lula. E sabemos que o preço do QAV é determinante na composição das tarifas das empresas”, afirmou o ministro.

Dias atrás, em entrevista coletiva, ele disse que baretear o querosene não pode ser a única medida para se reduzir o preço das agens.

“Nós temos que sentar na mesa rápido, com muita serenidade para entender melhor o que está acontecendo. Não podemos descontextualizar e tratar da aviação só como uma questão de combustível”, afirmou. “Temos que considerar essencialmente a questão do preço das agens aéreas e a fórmula de composição do preço.”

No fim de janeiro, Costa Filho anunciou um fundo de socorro às empresas aéreas de até R$ 6 bilhões, que estaria em discussão com o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, ele disse ainda que procuraria a Petrobras para discutir uma redução no preço do QAV, que representa cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea no Brasil.

“Nós estamos, nesses próximos dias, dialogando com as aéreas e com a Petrobras, vamos avançar o diálogo com o presidente Jean Paul, para que a gente possa, na próxima semana, efetivamente apresentar uma proposta”, disse o ministro no dia 25.

O presidente da estatal, no entanto, argumenta que o preço do QAV já caiu quase 41% desde o ano ado. “Se existe uma correlação entre uma coisa e outra, no mínimo tinha que estar parado ou baixando 20%. Ou existe a correlação, e isso é importante, ou não existe a correlação ou não é tão importante assim, e o problema está em outros lugares. E aí não cabe à Petrobras, não é a nossa função”, declarou na semana ada.

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Já sobre o fundo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo avalia uma proposta, mas disse que não haverá aporte de recursos do Tesouro Nacional. “Vamos entender melhor o que está acontecendo. Não existe socorro com dinheiro do Tesouro. O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”, explicou, na segunda-feira.

Em linha com Prates, o ministro da Fazenda afirmou que o preço do querosene não pode justificar aumentos nas agens aéreas, destacando que o combustível vem em trajetória de baixa durante o atual governo. “Vamos esclarecer que o preço do querosene [de aviação] caiu durante o nosso governo. Não pode ser justificativa para aumento do custo de agem aérea”, disse.

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