Roberta destaca que para os funcionários se adaptarem às mudanças tecnológicas e produtivas foi necessário investir em 10 mil horas de treinamento para os 160 colaboradores da fábrica de soldas. “O setor está evoluindo rapidamente com a chegada da indústria 4.0. Além disso, como a evolução do setor de transportes é muito rápida, precisamos estar sempre atentos às novas tecnologias dos produtos e às inovações no setor.”

Pelo menos 15 técnicas enxutas estão presentes nas indústrias brasileiras

Existem diversas técnicas para enxugar custos e processos em uma indústria. E quanto maior a empresa, mais ações podem ser implantadas. A sondagem da CNI levantou as 15 principais técnicas de manufatura enxuta adotadas no Brasil, como: padronização de atividades, redução de perdas, distribuição de trabalho por ferramentas gráficas e monitoramento da eficiência produtiva (veja lista completa mais abaixo).

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Na prática, a pesquisa aponta que 63% das indústrias adotam pelo menos uma das técnicas para reduzir o desperdício, os defeitos e o retrabalho. O aumento da produtividade, por sua vez, atrai 59% das empresas. Com 44% das menções, a metodologia enxuta é vantajosa pela qualidade de produtos e serviços (confira mais informações no gráfico acima).

“Diante do desafio da indústria 4.0, a melhoria da gestão nas empresas se torna ainda mais relevante, pois é essencial eliminar perdas e enxugar processos”, justifica Samantha Cunha, economista da CNI responsável pela sondagem.

E o enxugamento de custos e processos gera impacto direto no segmento como um todo, segundo a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). Levantamento realizado em junho pela agência aponta que os ganhos de eficiência produtiva das empresas brasileiras que adotaram as técnicas da indústria 4.0 são equivalentes a uma economia de R$ 31 bilhões. Há também uma redução adicional de R$ 7 bilhões com a diminuição de custos com energia.

“As pequenas e médias empresas têm mais dificuldade de adaptação porque são mais vulneráveis ao mercado e têm menos recursos para investir em tecnologia”, adverte Bruno Jorge, coordenador de indústria 4.0 da ABDI.

Na avaliação de Jorge, as pequenas indústrias devem priorizar a digitalização de dados e a modernização de processos internos antes de investirem em robótica. “Robôs exigem muito investimento financeiro e maturidade da companhia. Há etapas que precisam ser concluídas primeiro”, aconselha.

As 15 principais técnicas de manufatura enxuta na indústria brasileira, segundo a CNI:

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